Marcelo Rebelo de Sousa a favor de "passos na transição" no Egito - TVI

Marcelo Rebelo de Sousa a favor de "passos na transição" no Egito

  • 11 abr 2018, 20:30

Presidente, em visita oficial, deseja “novo ciclo de relacionamento” entre os dois países

O Presidente da República português justificou a visita que iniciou esta quarta-feira ao Cairo com o “novo ciclo de relacionamento” entre os dois países e associou-se à posição da União Europeia na defesa de “passos na transição” no Egito.

Marcelo Rebelo de Sousa chegou ao Cairo para uma visita de Estado de três dias cerca das 19:30 (18:30 em Lisboa), foi recebido pelo ministro das Antiguidades, Khaled al-Anani, e, minutos depois, aos jornalistas, vincou o “novo ciclo de relacionamento” entre Portugal e o Egito, lembrando a visita a Lisboa, em 2016, do seu homólogo egípcio, Abdel Fatah al-Sisi.

O chefe do Estado português recordou também a mensagem subscrita pela União Europeia (UE) após as eleições presidenciais que valeram a reeleição de al-Sisi há poucas semanas.

Na mensagem, a UE saudava a “realização do ato eleitoral” e desejava felicidades ao presidente reeleito, mas também “chamava a atenção para a necessidade de mais educação, mais desenvolvimento, mais capacidade de abertura e de criação de condições de participação”, “fundamental para uma sociedade que é um mundo”.

Estamos a falar de um país com 100 milhões de pessoas, com um ritmo de crescimento de 2,5 milhões [de pessoas] por ano”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.

Um “mundo essencial” numa região que é também “um mundo”, mas em que “é preciso mais educação, qualidade, desenvolvimento económico, social e político”, acrescentou.

O desenvolvimento político “significa, naturalmente, maior participação e passos na transição para um regime que seja de consagração de valores que são queridos à Europa”, sublinhou o chefe de Estado português, sem nunca falar concretamente em valores democráticos.

Valores esses que a Europa “saúda, espera, incentiva e apela”, afirmou ainda.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu também que vê Portugal, “tanto no plano bilateral como multilateral”, a “desempenhar um papel importante nessa aproximação”.

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