Clima: Governo assume que metas são "ambiciosas" - TVI

Clima: Governo assume que metas são "ambiciosas"

COP21 - cimeira do clima em Paris

Secretário de Estado do Ambiente mostra-se satisfeito pelo facto de todos serem chamados a contribuir para combater as alterações climáticas e o aquecimento global. Acordo histórico foi alcançado em Paris

Portugal está satisfeito com o acordo para o clima, alcançado em Paris. O secretário de Estado do Ambiente aplaudiu o facto de o documento chamar todos os países a contribuir de uma forma legalmente vinculativa. E assumiu que o acordo tem "metas ambiciosas". 

"O acordo de Paris é considerado um caso de sucesso e a União Europeia felicitou muito os resultados obtidos", disse à agência Lusa Carlos Martins, que está na capital francesa a acompanhar a conferência das Nações Unidas para o clima (COP21). 

"Há agora um trabalho exigente pela frente, as metas são ambiciosas, mas todos estão conscientes de que é mesmo necessário atingir os objetivos porque é disso que depende o futuro da humanidade".


O responsável do Governo português referiu que "os acordos, sendo muito negociados, nem sempre correspondem às expetativas de toda a gente, mas, neste caso, tem um denominador comum".

Assim, descreveu, "tem uma arquitetura global, uma vez que vai abranger 196 países, é equilibrado, [assim] considerado por todas as áreas do globo, é ambicioso, e nessa medida responde àquilo que eram os anseios da generalidade dos atores, é duradouro, vai durante este século acompanhar" todos.

No entanto, salientou uma característica: é "legalmente vinculativo, portanto os países que o subscrevem passaram a estar legalmente vinculados ao seu cumprimento".

"Todos os países e todos têm de dar um contributo, à escala e medida do que são as capacidades de cada um, mas todos foram chamados, pela primeira vez, a ter um plano de ação para cumprir os objetivos estabelecidos".


O secretário de Estado do Ambiente referiu-se ainda ao mecanismo, que classifica de "bastante importante", para avaliação dos contributos de cinco em cinco anos, o que "vai permitir avaliar ações e financiamentos e trazer transparência ao processo".

Assim, todos os atores são mais motivados para o cumprimento e, "a haver uma revisão, é para incrementos de ambição e nessa medida estamos também satisfeitos", defendeu.

"Este foi um grande progresso e, seguramente, fazendo o caminho [para] alguma coisa menos bem conseguida, o tempo dará oportunidade para a corrigir", mas, neste momento o acordo "resultou num documento em que todos se reviram e isso é extraordinário".

Carlos Martins realçou ainda o trabalho da presidência francesa e a coesão entre países europeus, assim como "uma certa liderança, pelo menos em matéria de ambição, em que os objetivos europeus estão retratados no acordo".

 
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