Procurador José Guerra: Ana Gomes lembra Orbán a Costa, Mayan fala em declarações "indignas" - TVI

Procurador José Guerra: Ana Gomes lembra Orbán a Costa, Mayan fala em declarações "indignas"

O frente a frente entre Ana Gomes e Tiago Mayan Gonçalves, na TVI24, subiu de tom. Houve tempo para várias acusações, entre elas às declarações de António Costa sobre Paulo Rangel, Miguel Poiares Maduro e Ricardo Batista Leite, que motivaram, desde já, uma queixa-crime por parte do PSD ao Ministério Público

Ana Gomes e Tiago Mayan Gonçalves criticaram ambos, na TVI24, as declarações de António Costa, esta quinta-feira. O primeiro-ministro acusou Paulo Rangel, Miguel Poiares Maduro e Ricardo Batista Leite de estarem envolvidos numa campanha para denegrir a imagem externa do país, durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.

Uma acusação feita no final do Conselho de Ministros, depois de questionado sobre a polémica em torno da escolha do procurador europeu José Guerra e sobre a situação da ministra da Justiça.

Ana Gomes considerou as declarações de António Costa "erradas" e chegou mesmo a lembrar Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, e que integra um partido conservador de direita.

Soou-me demasiado ao tipo de argumentos que Órban usa para atacar quem o critica. Eu acho que o nosso primeiro-ministro é muito melhor do que isso, obviamente não está a esse nível". 

A socialista afirmou que lhe "custou ver" este tipo de resposta, mas defendeu que "não faz sentido" pedir a demissão da ministra da Justiça. 

Acho que é errado e devia ser assumido que o Governo, ou que o Estado português, se tenha substituído à seleção por um comité internacional, um comité europeu de peritos, que era suposto selecionar um procurador para um órgão europeu".  

Na mesma linha, Tiago Mayan Gonçalves considerou as declarações de António Costa como "absolutamente inaceitáveis e indignas", mas voltou a pedir a demissão de Francisca Van Dunem. 

Um Governo que assuma as responsabilidades tem de assumir as consequências dessa responsabilidade. E, evidentemente, a ministra da Justiça já não podia estar em funções neste momento. Não tem autoridade. (...) É um episódio triste, mais um deste Governo e as consequências têm de ser retiradas", considerou. 

Se fosse Presidente da República, no lugar de Marcelo, o candidato liberal iria sugerir a António Costa que demitisse Francisca Van Dunem.

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