Cimeira europeia: PCP recusa «golpe constitucional» - TVI

Cimeira europeia: PCP recusa «golpe constitucional»

Comunistas estão contra «qualquer» revisão da Constituição para adaptar decisões do Conselho Europeu

O Partido Comunista Português mostrou-se contra qualquer revisão da Constituição Portuguesa que possa vir a ter de ser feita para cumprir as decisões tomadas nesta quinta-feira no Conselho Europeu. A cimeira determinou, com a concordância de Portugal, que os défices dos países sejam limitados pelas respectivas constituições.

«Qualquer alteração no limite do défice na Constituição da República representa um verdadeiro golpe constitucional que nenhum governo nas costas do seu povo soberano pode fazer», afirmou nesta sexta-feira Agostinho Lopes nos Passos Perdidos da Assembleia da República.

O deputado do PCP frisou que «qualquer revisão do tratado [europeu] pode significar o agravamento de perdas de soberania». «O agravamento das limitações do governo soberano do nosso país pelo nosso povo» serve de mote para o PCP se afirmar «contra qualquer tentativa de que essa revisão [constitucional] seja feita».

As conclusões da cimeira «exprimem uma tentativa de aprofundar o processo de integração capitalista, o agravamento da exploração e o empobrecimento dos trabalhadores, com mais austeridade para os povos e para proteger o capital financeiro», disse Agostinho Lopes frisando que são «expressivas» desta análise «as palavras de Durão Barroso».

Também o primeiro-ministro português não ficou fora das críticas ao ser classificado pelos comunistas de ter uma «posição subserviente perante o directório das grandes potências chefiadas pela Alemanha.»
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