«Deputados não estão aqui para fazer as vontades a Sócrates» - TVI

«Deputados não estão aqui para fazer as vontades a Sócrates»

José Pedro Aguiar Branco

Aguiar Branco relembra o primeiro-ministro que a maioria absoluta é agora do Parlamento

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O líder parlamentar do PSD recordou ao primeiro-ministro que o «Parlamento conquistou a maioria absoluta», pelo que vai «fiscalizar a actividade deste Governo».

«Os deputados não estão aqui para lhe fazer as vontades ou cumprir ou seus caprichos», disse Aguiar Branco, dirigindo-se a José Sócrates.

Reforçando que «os portugueses deram uma nova legitimidade aos deputados», o social-democrata alertou que «o dia 27 de Setembro mudou muito mais do que o primeiro-ministro está na disposição de admitir». Por isso, «não basta mudar o tom de voz, mudar uns três ou quatro ministros mais impopulares, ou alterar umas quantas linhas ao seu programa eleitoral».

«É preciso abandonar a obsessão do anúncio repetido das mesmas promessas não cumpridas e romper a prioridade ao sound bite, que faz notícia mas não faz obra», acrescentou.

Aguiar Branco não perdoa ao primeiro-ministro que tenha «mantido o princípio de fingir que responde às nossas perguntas». Assim, ameaçou: «A composição desta Assembleia mudou e mudou sobretudo a forma como ela se irá relacionar com o Governo.»

Ou seja, também o PSD não parece disposto a qualquer entendimento ou acordo com o Executivo de José Sócrates. «Da nossa parte não iremos permitir que transfira para a oposição a responsabilidade pela sua governação. Os portugueses reconhecem-nos como a única alternativa ao Governo. Temos, sozinhos, mais deputados do que o conjunto dos restantes partidos da oposição», frisou.

Avaliação: «Dê uma oportunidade à ministra¿»

O PSD propôs a revisão do Estatuto da Carreira Docente, abolindo a actual divisão entre os professores e a substituição do actual modelo de avaliação.

«É fundamental suspender, imediatamente, o processo de avaliação dos professores e o actual ECD», disse Aguiar Branco.

«Dê pelo menos a oportunidade à nova ministra para mostrar que tem uma política para o sector, sem condicionalismos, sem regras pré-estabelecidas. Dê a oportunidade à nova ministra para mostrar que nem tudo lhe é imposto pelo seu gabinete», acrescentou.
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