Portugal investiu 28 milhões em navios-patrulha - TVI

Portugal investiu 28 milhões em navios-patrulha

Aguiar-Branco [Lusa]

Quatro embarcações compradas à Venezuela terão de ser adaptadas e estarão operacionais, segundo o ministro da Defesa, em 2016 e 2017

Os quatro navios-patrulha comprados à Dinamarca vão ter um custo global de 28 milhões de euros e estarão operacionais em 2016 e 2017, adiantou esta quarta-feira o ministro da Defesa Nacional. 

“Os quatro navios que custaram quatro milhões de euros têm agora um custo individual para serem adaptados de cerca de sete milhões, portanto significa um investimento global na ordem dos 28 milhões de euros, que é aquele que corresponderia à compra de um navio novo”, afirmou à Lusa José Pedro Aguiar-Branco, no final de uma visita ao navio-patrulha Tejo, o primeiro destes navios a ser entregue na Base Naval de Lisboa, no Alfeite.


Navio-patrulha Tejo (Lusa)

“É previsto dois deles [navios-patrulha] estarem a poder ser operados no segundo semestre de 2016 e outros dois no segundo semestre de 2017”, continuou o governante.

Esta aquisição permite “fazer um reequipamento e uma modernização que era necessária em condições muito interessantes, e com isto aumentar a capacidade de operação da Marinha Portuguesa”.


O ministro ressalvou também que os navios ainda têm uma “vida útil de cerca de 15 a 20 anos”, estão “em excelentes condições” e “vão ficar como novos depois de serem restaurados e recuperados no Alfeite”, o que, na sua opinião representa “uma oportunidade para a economia portuguesa e para a indústria portuguesa”.

Os navios-patrulha de classe "Stanflex 300" têm um comprimento de 54 metros e uma guarnição máxima de 29 militares. A sua operação está direcionada para os espaços marítimos costeiros sob jurisdição nacional, podendo ser chamados a atuar fora da área normal de operações caso seja necessário.

Questionado acerca dos helicópteros Puma que Portugal vai voltar a tentar vender por ajuste direto, Aguiar-Branco afirmou: “é uma situação que já vem sendo tentada desde 2007, é uma situação que nós desejamos que possa ocorrer, não podemos é sujeitar-nos, como temos sujeitado, à lei da concorrência e da transparência no sentido de fazer isto por concurso público e por convite”.

“A verdade é que eles para serem reconfigurados para operarem nas Forças Armadas portuguesas não fazem sentido neste momento”, concluiu o ministro da Defesa Nacional.
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