PS, BE e PCP, "três derrotados numa conspiração de secretaria" - TVI

PS, BE e PCP, "três derrotados numa conspiração de secretaria"

Aguiar-Branco [Lusa]

Declarações do ministro da Defesa, Aguiar-Branco que acusa os partidos de esquerda de não aceitarem os resultados eleitorais

O ministro de Estado e da Defesa Nacional acusou esta quinta-feira PS, BE e PCP de serem "três derrotados" a protagonizar uma "conspiração de secretaria" para chegar ao Governo, cuja presença legítima seria da coligação PSD/CDS-PP.

À margem dos exercícios militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Tróia, Aguiar-Branco defendeu que, “pela boa ética republicana”, deveria ser o secretário-geral socialista, António Costa, a reclamar a realização de novas eleições, caso venha a concretizar-se um entendimento para a governação entre PS, BE e PCP, para que "o povo seja ouvido e possa sufragar algo que não o foi" nas eleições de 04 de outubro.

"Não sabemos se há acordo e, havendo, que tipo de acordo. É normal, em democracia, quem ganha ser convidado a formar governo, tomar posse e governar. O que não é normal é três derrotados julgarem que são vencedores. A soma de três derrotados não dá um vencedor. O que temos assistido é a uma conspiração de secretaria para conseguir o que não foi conseguido nas urnas", criticou.

Aguiar-Branco afirmou que "quem se autoexcluiu em relação à NATO" foram "os partidos que nos seus programas eleitorais e estatutários dizem ‘não à NATO'", lembrando a realização de "manifestações promovidas por forças comunistas e de extrema esquerda (BE e PCP)" antes e durante o "Trident Juncture2015" (TRJE15), a maior operação de treino conjunto da Aliança Atlântica desde 2002, organizada em Portugal Espanha e Itália, entre 03 de outubro e 06 de novembro.

Ainda segundo o ministro da Defesa, ouvido pela Lusa, a "legitimidade política resulta do sentido de voto e o que foi dado ao PS foi o voto num PS favorável à presença da NATO e aos compromissos históricos como o Tratado Orçamental, euro e união bancária".

"Portugal é membro da NATO desde 1949, desde a sua fundação. É também um organização de natureza política, visa preservar os valores da democracia, direitos humanos, respeito pela lei. É uma aliança de natureza defensiva e Portugal continuará a ser membro no futuro", desejou Aguiar-Branco, esperando "que o PS seja também respeitador da sua história, juntamente com o PSD e o CDS-PP, associada à defesa dos valores da NATO", pois aquele partido "também é mais do que a sua circunstância".
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