Primeira mulher cega chega a secretária de Estado - TVI

Primeira mulher cega chega a secretária de Estado

Ana Sofia Antunes e António Costa (Fonte: Facebook Costa 2015)

Ana Sofia Antunes é presidente da Acapo e inaugura uma nova secretaria de Estado, para a inclusão das pessoas com deficiências

Ana Sofia Antunes vai ser empossada esta quinta-feira secretária de Estado. É a primeira mulher cega a chegar ao cargo, inaugurando ao mesmo tempo uma nova pasta governativa: Inclusão das Pessoas com Deficiência.

A presidente da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), foi candidata do PS pelo círculo de Lisboa nas legislativas de outubro. Tem 34 anos e vai participar no Governo de António Costa - que é composto por 17 ministros e 41 secretários de Estado - numa área em que tem dado voz, defendendo que “um país que não respeita os seus deficientes não tem respeito por si próprio”.

Nasceu com deficiência visual e tem dedicado a sua vida à luta pelos direitos dos deficientes, nomeadamente na ACAPO, onde assumiu o cargo de presidente em janeiro do ano passado.

Jurista de profissão, Ana Sofia Antunes exerceu funções de assessoria jurídica na Câmara Municipal de Lisboa, colaborando diretamente com o Pelouro da Mobilidade, entre 2007 e 2013, período em que António Costa era o presidente da autarquia.

Neste período, adquiriu ainda experiência nas áreas da contratação pública, bem como em matérias conexas com a Mobilidade e a Acessibilidade em meio urbano, assegurando a interação com os munícipes sempre que as questões apresentadas versassem conteúdos jurídicos.

Em julho de 2010, assumiu a responsabilidade, pelos trabalhos do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, coordenando a Comissão de Acompanhamento e o Painel Consultivo, deste plano, nota a Lusa.

Três anos depois, transitou para a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), onde é provedora do cliente.

Numa entrevista a um jornal, Ana Cristina Antunes disse que para um cego andar na Assembleia da República não é complicado, mas alertou que, para um cidadão em cadeira de rodas, isso se torna “um problema”, porque o edifício é pouco acessível. O acesso à informação escrita é o seu maior problema, admitiu. 
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