Centenas de pessoas desfilam em Lisboa na manifestação do Chega - TVI

Centenas de pessoas desfilam em Lisboa na manifestação do Chega

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  • Publicado por MM
  • 27 jun 2020, 17:33

André Ventura, líder do partido, promete voltar em breve às ruas

Centenas de pessoas participam, este sábado, em Lisboa numa manifestação promovida pelo Chega com o alegado intuito de mostrar que não há racismo em Portugal e também de apoiar as forças de segurança.

O desfile, que se iniciou por volta das 14:30, no Marquês de Pombal, começou com um louvor do presidente do Chega, André Ventura, às polícias portuguesas em que destacou "Polícia bom é Polícia vivo".

A abrir a manifestaço, que percorreu a Avenida da Liberdade até aos Restauradores, está a faixa "Portugal não é racista" e atrás dela surge André Ventura ao lado da atriz Maria Vieira.

Sob o olhar atento de alguns polícias, os manifestantes empunham bandeiras de Portugal e do partido Chega e entre as palavras de ordem destaca-se "Políticos Elitistas Portugal Não É Racista" e "Chega", sendo "Portugal" a palavra que mais se ouve entre os manifestantes.

Os manifestantes mantêm o distanciamento social de segurança devido à pandemia de covid-19.

A manifestação foi convocada com o objetivo de contrariar a ideia de que “Portugal é um país racista e de que existe na sociedade um problema de racismo estrutural”.

Ventura promete voltar às ruas

O líder do Chega, André Ventura, prometeu voltar em breve à rua, substituindo a "direita tradicional" no combate ao domínio da esquerda, contra os "políticos elitistas" e contra "as minorias que não querem fazer nada".

André Ventura assumiu estas posições no final de uma manifestação do Chega, que durou cerca de uma hora, entre o Marquês de Pombal e o Terreiro do Paço, num discurso em criticou a "direita tradicional que tem medo de sair à sua" e em que citou por várias vezes o antigo primeiro-ministro e fundador do PPD, Francisco Sá Carneiro.

O tempo do domínio da esquerda em Portugal, se não acabou, está a acabar. Por muitas ameaças que me façam, este movimento nacional já não vai parar, nem se vai vergar", declarou o deputado do Chega logo a abrir o seu discurso.

Perante os seus apoiantes, André Ventura citou por várias vezes Sá Carneiro, designadamente quando recorreu ao lema "hoje somos muitos, amanhã seremos milhões", mas também quando afirmou que, desde que morreu o antigo líder dos governos da Aliança Democrática (AD), "Portugal nunca mais teve um político que defendesse os portugueses".

Por muitos que nos queiram diminuir ou humilhar, nunca caminharemos sozinhos", disse, já depois de ter criticado os presidentes do PSD, Rui Rio, e do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos.

Rui Rio e Francisco Rodrigues dos Santos demarcaram-se desta manifestação, mas os portugueses vão demarcar-se deles. Há sondagens que dizem que vamos ser o terceiro partido", apontou.

Em relação ao PSD e ao CDS, André Ventura deixou mesmo um aviso: "Para essa direita que recusa sair à rua, que tem medo do confronto, digo, esse tempo acabou. Agora é tempo de lutar por este país, que está vergado e humilhado".

A questão das "minorias" foi outro dos temas mencionados pelo deputado do Chega, dizendo que o seu partido "representa o povo comum, o povo português que trabalha, que paga impostos e que rejeita ser extremista".

Mas o povo comum rejeita sustentar minorias. Minorias que querem continuar a não fazer nada", considerou, antes de elogiar em contraponto as polícias, os professores, os profissionais de saúde, os motoristas de transportes públicos e os empresários.

Na sua intervenção, o deputado do Chega deixou ainda críticas a jornalistas, dizendo que logo à noite "vão dizer que estavam poucas pessoas na manifestação e que havia um conjunto de pessoas falsas".

Duas pessoas identificadas por comportamentos inadequados

A PSP identificou duas pessoas por comportamentos inadequados contra os manifestantes que participaram numa ação do Chega sob o lema “Portugal não é racista” e que reuniu cerca de 1.200 portugueses, segundo aquela polícia.

Na manifestação, organizada pelo partido para mostrar que em Portugal não há racismo e manifestar apoio às forças de segurança, desfilaram aproximadamente 1.200 pessoas, entre o Marquês de Pombal e a Praça do Comércio, percurso em que as palavras “Portugal” e “Viva a Polícia” foram aquelas que mais se fizeram ouvir.

Segundo o porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, Artur Serafim, duas pessoas que não participavam na manifestação foram identificadas por comportamentos inadequados contra os manifestantes, uma por “comportamentos obscenos” e outra por “comportamentos agressivos”.

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