Ventura lamenta apedrejamento após comício: "Em democracia vence-se com argumentos e não com pedras" - TVI

Ventura lamenta apedrejamento após comício: "Em democracia vence-se com argumentos e não com pedras"

Candidato presidencial adiantou que ficou com "uma ligeira dor na perna esquerda", fruto da entrada violenta no veículo

André Ventura reagiu, ao final da noite desta quinta-feira, ao apedrejamento por parte de manifestantes, após o comício em Setúbal.

Lamento o que aconteceu hoje. Estou bem e tenho apenas uma ligeira dor na perna esquerda, pela entrada violenta no veículo", adiantou o candidato.

O candidato apoiado pelo Chega agradeceu o trabalho da polícia, que considerou ter atuado para “repor a ordem pública”, e à sua própria equipa de segurança privada, adiantando ainda que elementos da comitiva foram atingidos por vários objetos.

Em democracia vence-se com argumentos, não com pedras", concluiu Ventura.

A comitiva do candidato presidencial foi apedrejada à saída de um comício no Cinema Charlot, em Setúbal, por algumas dezenas de manifestantes, na sua maioria cidadãos de etnia cigana.

Os comentários e a avaliação que eu tenho feito, quer sobre a etnia cigana, quer outros grupos, é uma avaliação política. Por muito que se possa discordar, penso que se discorda com argumentos, com debate político e não com pedras, disse ainda Ventura agradecendo em seguida as palavras de solidariedade dos seus opositores nas eleições de domingo.

O corpo de intervenção da Unidade Especial de Polícia da PSP, que estava destacado no local, foi obrigado a carregar sobre os manifestantes e dispersá-los, em ambiente de grande tensão.

Apesar de não haver informação de ferimentos graves, um repórter de imagem da TVI foi atingido num joelho. A PSP também deteve um dos indivíduos que protestaram contra a presença do presidente do partido da extrema-direita parlamentar e deputado da Assembleia da República, que tem tido um discurso radical contra minorias em geral, visando em particular a etnia cigana.

O responsável pelos cerca de 40 elementos policiais no local, incluindo o corpo de intervenção da Unidade Especial de Polícia, afirmou que a PSP teve de usar a força para dispersar os manifestantes.

As eleições presidenciais realizam-se em plena epidemia de covid-19 em Portugal no domingo, sendo a 10.ª vez que os cidadãos portugueses escolhem o chefe de Estado em democracia. A campanha eleitoral começou no dia 10 de janeiro.

Há outros seis candidatos: o incumbente Marcelo (apoiado oficialmente por PSD e CDS-PP), a diplomata e ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre), o eurodeputado e dirigente comunista, João Ferreira (PCP e "Os Verdes"), a eurodeputada e dirigente do BE, Marisa Matias, o fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan e o calceteiro e ex-autarca socialista Vitorino Silva ("Tino de Rans", presidente do RIR - Reagir, Incluir, Reciclar).

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