«O discurso é: nós vamos caminhar para a esquerda. Mas o PS sabe, a seguir, que os constrangimentos internos e externos que o país tem não permitem levar a cabo completamente uma política de esquerda», afirmou Ângelo Correia.
Questionado sobre se o discurso do PS não é para levar a sério, o antigo ministro da Administração Interna no Governo de Pinto Balsemão respondeu: «É um discurso que tem um efeito político de curto prazo, tão de curto prazo que não tem sentido».
Para Ângelo Correia, o «grande órfão político» em Portugal é o eleitorado do PSD e do CDS, é uma grande fatia da classe média descontente com o Governo e que vai decidir as eleições legislativas.
«Se chegar às eleições e não tiver a maioria absoluta, mesmo que faça acordos com o partido Livre (são pessoas que pensam bem), com o partido do Dr. Marinho e Pinto (que terá alguma expressão) não é isso que dará estabilidade ao Governo», defendeu.