Autárquicas: Costa não vê "reforço" da direita "com estes resultados eleitorais" - TVI

Autárquicas: Costa não vê "reforço" da direita "com estes resultados eleitorais"

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 27 set 2021, 01:55
O secretário-geral do PS, António Costa apoiou o candidato à Câmara de Odivelas, Hugo Martins

Costa considerou que nem o PCP, nem o PS "confundem" o processo eleitoral "com a responsabilidade que temos em assegurar a estabilidade política

António Costa disse este domingo, numa reação aos resultados já conhecidos das eleições autárquicas, que "não há nenhuma perturbação" das discussões orçamentais para 2022.

Num discurso por volta das 1:20 horas, Costa considerou que nem o PCP, nem o PS "confundem" o processo eleitoral "com a responsabilidade que temos em assegurar a estabilidade política e a continuidade da viragem política que se iniciou em 2017 e, manifestamente, o país tem vontade de continuar".

"Portanto, não creio que haja qualquer perturbação das negociações que estão calendarizadas, em função deste resultado eleitoral", diz, destacando que o PS perdeu pelo menos duas câmaras para a CDU e que existe uma manifesta transferência de votos para os comunistas em Lisboa - "o que pode ter custos políticos significativos".

"Não vejo um reforço da alternativa política que a direita representa no nosso país com estes resultados eleitorais", considera, salientando que, "se há uma lição a tirar para as negociações com o Orçamento, é que o país deseja a continuidade da mudança política que se iniciou em 2015" e no qual os partidos à esquerda têm tido "um papel fundamental".

O secretário-geral do PS assegura que os esforços devem ser redirecionados para aquilo que é importante para o país: relançar a economia e criação de emprego com direitos, respondendo aos desafios das alterações climáticas, da transição tecnológica.

Derrota em Lisboa: "Terei uma tristeza particular"

Foi anunciado que Carlos Moedas ganhou a câmara municipal de Lisboa momentos mais tarde, mas antes Costa já tinha admitido que uma derrota fragilizaria o Partido Socialista, tal como outro partido qualquer. "Terei uma tristeza particular" depois de ter reconquistado a câmara em 2017, admite.

"Qualquer vitória engrandece o PS, qualquer derrota penaliza", afirma, sublinhando que o partido teve derrotas inesperadas e vitórias que não contávamos.

Costa sustenta ainda que a única sondagem que conta é mesmo a que resulta do voto popular nas urnas. E exemplifica: "Andaram meses a ouvir falar de uma senhora, que era uma grande estrela televisiva e que iria transformar-se em presidente de câmara na Amadora e o PS ganha a autarquia com uma maioria absoluta claríssima e demonstrando bem que os candidatos populistas não têm espaço".

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