Coligação de esquerda? "Melhor solução é ter maioria absoluta" - TVI

Coligação de esquerda? "Melhor solução é ter maioria absoluta"

António Costa diz que é "importante não acrescentar à crise que já se vive uma crise política" e volta a descartar uma coligação com o PCP e BE

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O líder socialista disse esta noite, no Porto, que nas próximas eleições " a melhor solução é mesmo o PS ter maioria absoluta", que considerou "importante para não acrescentar à crise que já se vive uma crise política".

António Costa falava no debate "Encontro de Gerações", realizado no Ateneu Comercial do Porto, em que foi submetido a uma bateria de perguntas pelo público presente.

Perante uma sala cheia, António Costa sublinhou que "aquilo que as pessoas todos os dias" pedem ao PS "é uma frase simples: "corra com eles", ou seja, com o atual governo.

"O que dá sentido à democracia é as pessoas poderem escolher e sentirem e perceberam que o voto faz sentido. O voto só faz sentido no PS se o PS correr com eles, não governar como eles, não seguir a política deles e fizer uma política alternativa. Portanto, nós não faremos qualquer coligação à direita", afirmou, arrancando fortes aplausos.


O líder socialista também pôs de lado possíveis alianças à esquerda, alegando haver um "campeonato entre o PCP e o Bloco de Esquerda para saber qual é o mais anti-PS e esse campeonato não nos levada lado nenhum e frustra muitas pessoas".

António Costa disse ainda que essas pessoas acham que "faz sentido" esses partidos, PCP e Bloco de Esquerda, estarem disponíveis para um entendimento com o PS.

"Acontece que não estão", reforçou, acusando os líderes dos comunistas e dos bloquistas, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins, de dizerem que "o PS é igual à direita".

António Costa concluiu, por isso, que "a melhor solução é mesmo o PS ter maioria absoluta".

O dirigente, porém, que "a maioria absoluta é uma condição necessária, mas não é uma condição decisiva".

"Se houve erro que o PS cometeu quando teve a maioria foi não a ter aproveitado para ter reforçado o diálogo com as outras forças políticas. Ninguém tem a maioria para sempre, todo o poder é transitório", completou.
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