Com primárias ou com Congresso, Costa mantém-se na corrida - TVI

Com primárias ou com Congresso, Costa mantém-se na corrida

Noite eleitoral autárquica 2013 (Lusa)

Francisco Assis defende realização de primárias

O dirigente socialista António Costa afirmou este sábado que mantém a sua candidatura à liderança do PS, independentemente de o processo de escolha ser por congresso extraordinário ou por eleições primárias abertas a simpatizantes.

António Costa assumiu esta posição no intervalo para almoço da Comissão Nacional do PS, que decorre em Torres Vedras, após ter sido recusada a admissibilidade à discussão da sua proposta para a realização de eleições diretas para o cargo de secretário-geral e para a marcação de um congresso extraordinário.

Nas declarações que fez aos jornalistas, o presidente da Câmara de Lisboa disse que está a recolher assinaturas para convocar uma Comissão Nacional do PS extraordinária, tendo como ponto único da ordem de trabalhos a marcação de eleições diretas e de um congresso.

«Independentemente de haver eleições primárias ou congresso extraordinário, mantenho a minha disponibilidade para liderar o PS», disse, embora também tenha acentuado a ideia de que recusa uma liderança bicéfala.

Ou seja, António Costa não aceita que as eleições primárias sejam só para a escolha do candidato socialista a primeiro-ministro, abrindo a possibilidade de haver um outro dirigente no cargo de secretário-geral do partido.

Assis defende primárias

O socialista Francisco Assis, eleito eurodeputado nas eleições de domingo, defendeu eleições primárias no PS para a escolha do candidato a primeiro-ministro e do líder do partido. «Julgo que devemos estudar a possibilidade de escolhermos não apenas o candidato a primeiro-ministro, mas o próprio líder do partido numas primárias abertas em termos que agora têm de ser definidos», afirmou Francisco Assis aos jornalistas, à saída da reunião.

O secretário-geral do PS, António José Seguro, propôs eleições primárias, tal como aconteceu em França recentemente, e vai reunir esta semana a Comissão Política para iniciar o processo de revisão dos estatutos nesse sentido, enquanto o presidente da câmara de Lisboa, António Costa propôs incluir nessa reunião a discussão da possibilidade de haver um congresso extraordinário, mas foi recusada.
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