Costa diz que o país tem que redescobrir a riqueza no mar - TVI

Costa diz que o país tem que redescobrir a riqueza no mar

Em Caxinas, pescadores pediram ao socialista para não serem esquecidos

O candidato às eleições primárias do PS António Costa afirmou este sábado que é preciso ter sempre no centro das preocupações a pesca e os pescadores, estabelecendo a prioridade de explorar e valorizar a riqueza imensa que é o mar.

Foi no mercado das Caxinas, em Vila do Conde - «uma terra de mar e de pescadores» - que António Costa garantiu a aposta no setor, considerando que, num «país que tem 97% do seu território no mar e só 3% do seu território em terra», o futuro passa pela redescoberta do mar.

«É por isso que não é hoje, não é amanhã, é sempre que nós temos que ter a pesca e os pescadores no centro das nossas preocupações, porque é na pesca e com os pescadores que nós começaremos a descobrir e a reencontrar-nos com o mar, que é uma riqueza imensa que temos por explorar e para valorizar ainda em Portugal», enfatizou.

Para o candidato às primárias de dia 28, «esta uma nova política que tem que ser prioritária para o país».

«Nós que estamos aqui numa terra de mar e numa terra de pescadores sabemos bem que quando o mar está batido e o vento é forte é absolutamente essencial saber para onde querermos ir, ter o rumo traçado, ter a bússola para não perder o Norte mas ter também pulso firme para aguentar o leme e manter o barco no rumo certo e conseguirmos chegar onde queremos chegar», disse.

O mote em defesa dos pescadores já tinha sido dado pelo ex-presidente da Câmara de Vila do Conde, o histórico socialista Mário Almeida, que antes afirmou que esta gente do mar tem sido tão «sacrificada e incompreendida» e que «recebe muitas pancadinhas nas costas quando há naufrágios, recebe muitas promessas, mas passados oito dias todos se esquecem desta gente que tanto merece atenção".

«Sei que António Costa é o homem que se encarregará, de uma vez por todas, de fazer justiça não só à sacrificada gente do mar, mas também à generalidade da população portuguesa, que tão castigada tem sido», declarou.

Costa aproveitou o momento para voltar a responder a Seguro, apesar de nunca se referir ao nome do seu opositor nestas eleições: «O Mário Almeida sabe bem que ser autarca não é estar à janela, ser autarca é estar com os pés no terreno, junto das pessoas e junto das populações».

Para o presidente da Câmara de Lisboa, «quem é autarca sabe que governar não é só fazer discursos».

«Eu ouvi muita gente dizer-me neste mercado que a vitória já está ganha, mas é preciso dizer o seguinte: há muita confiança mas não pode haver distrações porque as vitórias nunca existem antecipadas, as vitórias só se conquistam nas urnas e as urnas só se abrem no dia 28 e é por isso preciso votar, para ganharmos mesmo», apelou.

Costa referiu-se ainda ao «sorriso e um brilhozinho nos olhos» que tem visto reacender nos militantes e simpatizantes do PS que confiam agora que «mudando o PS podemos ajudar a mudar Portugal e a construir um futuro de confiança para todos os portugueses».
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