Costa diz que PS "aguenta tudo", mas apela ao voto no "bom senso" - TVI

Costa diz que PS "aguenta tudo", mas apela ao voto no "bom senso"

  • Sofia Santana
  • 21 set 2019, 23:41

Num jantar-comício em Castelo de Paiva, este sábado, o secretário-geral socialista marcou o tom da campanha eleitoral que irá decorrer nas próximas semanas: falou muito dos feitos do Governo, deixou algumas promessas e, sem nunca referir a expressão maioria absoluta, apelou ao voto para que o partido possa garantir “estabilidade” e “bom senso”

António Costa diz que o PS é o partido que “aguenta tudo para que tudo siga no caminho certo” e que mostrou que Portugal é um “país de gente de bem, que paga o que deve”. Num jantar-comício em Castelo de Paiva, este sábado, o secretário-geral socialista marcou o tom da campanha eleitoral que irá decorrer nas próximas semanas: falou muito dos feitos do Governo, deixou algumas promessas (neste caso na área da saúde) e, sem nunca referir a expressão maioria absoluta, apelou ao voto no partido que garante “estabilidade” e “bom senso”.

Em Castelo de Paiva, no distrito de Aveiro, António Costa surgiu perante os militantes socialistas com o cabeça de lista deste círculo eleitoral, Pedro Nuno Santos.

O líder do PS começou a sua intervenção, elencando os quatro compromissos que diz terem sido cumpridos pelo seu governo. “Virar a página da austeridade, devolvendo crescimento à economia” foi o primeiro assinalado, a que se seguiu a criação de emprego, com o socialista a afirmar que “a taxa de desemprego está praticamente a metade do que estava há quatro anos”, e a “maior igualdade” – Costa vincou, neste ponto, que o governo está “a diminuir a pobreza e a reduzir a desigualdade”.

Por último, “as contas certas”. E a este propósito, o líder socialista afirmou que o seu Executivo devolveu a confiança a quem emprestou dinheiro ao país e mostrou que Portugal é “um país de gente de bem, que paga o que deve”. Por isso, o país até já está a pagar a dívida com juros mais baixos que Itália e Espanha.

Recuperámos a credibilidade política do país e devolvemos a confiança a quem nos emprestou dinheiro porque somos um país de gente de bem que paga o que deve.”

A área da Saúde mereceu especial destaque no discurso pois foi aqui que o secretário-geral socialista deixou algumas promessas. Uma delas é "generalizar a todo o país o modelo de unidades de saúde familiares", outra "introduzir duas novas especialidades, pediatria e ginecologia", nessas unidades.

Prometeu ainda unidades móveis de saúde nos territórios com populações mais isoladas - “se não podem ir ao centro de saúde é o centro de saúde que vai às populações”, frisou – e introduzir o cheque-dentista para crianças acima dos dois anos (atualmente é acima dos seis).

As sondagens aparentam estar a ser favor, mas o líder socialista lembrou que as eleições “não se ganham nas sondagens”. E por isso, apelou ao voto.

Não falou em maioria absoluta, mas em força para o PS, nas suas palavras, "o partido da estabilidade, do equilíbrio, do bom senso".

As eleições não se ganham nas sondagens, mas nas urnas e é importante dar força ao PS. (…) Sem correr o risco de falhar os nossos compromissos ou de voltar para trás, o caminho é para a frente”.

"Um governo depende da Assembleia da República, tem de ter uma boa relação institucional com o Presidente da República, saber respeitar as leis, a Constituição", continuou.

Centenas de apoiantes socialistas reuniram-se neste sábado cinzento e chuvoso na escola secundária de Castelo de Paiva para um jantar-comício ainda em período de pré-campanha.

Antes de António Costa, subiu ao palco o cabeça de lista por Aveiro, Pedro Nuno Santos, que apontou baterias à direita. 

 

"Para PSD e CDS, reforma que é boa tem de doer"

O também ministro das Infraestruturas afirmou que o PS nunca fará as reformas que PSD e CDS reclamam porque, segundo o socialista, para a direita "reforma que é boa tem de doer".

O que eles entendem como reformas é o que o PS não fez e não fará porque não entende a reforma como algo que se limita a cortar, a liberalizar. Para o PSD e CDS reforma que é boa tem de doer", frisou.

Pedro Nuno Santos afirmou que a direita pretende reformas como a "flexibilização laboral" e o "plafonamento da Segurança Social".

Eles não são maus, eles não defendem políticas diferentes porque são maus. (…) Eles entendem o homem como um indivíduo desligado do outro, onde há comeptição individual, um mercado que produz um punhado de vencedores e uma maioria de gente a marcar passo", sublinhou.

Para o socialista, reforma é "o transporte coletivo ser mais barato", dando o exemplo dos passes e da ferrovia.

"Se tivermos de escolher uma palavra para definir o que foram estes últimos quatro anos julgo que a melhor é respeito. (...) Respeitar a Constituiçao, os contratos do Estado para com o povo, os trabalhadores, repeitar o povo (...) respeitar quem trabalha e ganha tão pouco", afirmou, para depois dizer que o Governo se bateu na Europa para respeitar os compromissos que assumiu com o povo.

Pedro Nuno Santos reconheceu os "dramas" que ainda existem, como "os salários baixos", mas vincou que "só há um partido capaz de dar a volta".

Não só temos o direito de viver melhor em Portugal como é possível viver melhor em Portugal", rematou.

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