Costa: “Há que arregaçar as mangas e tratar de reconstruir” - TVI

Costa: “Há que arregaçar as mangas e tratar de reconstruir”

  • AM
  • 17 out 2017, 19:25

Primeiro-ministro garante que levantamento dos danos será feito nas próximas duas semanas

O primeiro-ministro, António Costa, avançou que nas “próximas duas semanas” será feito o “levantamento integral dos danos” dos incêndios deste fim de semana para que depois se possa começar a reconstruir os territórios.

O chefe do executivo dedicou esta terça-feira a visitar a Unidade de Queimados de Celas dos Hospitais Universitários de Coimbra, onde se encontram alguns dos feridos dos incêndios do fim de semana e a reuniões com os autarcas dos distritos de Coimbra e Viseu.

Ficou definido um plano de trabalho para, nas próximas duas semanas, fazermos o levantamento integral dos danos que existem de forma a podermos começar a responder a reconstruir os territórios”, disse aos jornalistas, no final das reuniões da tarde, em Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra.

Citando o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, o primeiro-ministro defendeu que “agora há que arregaçar as mangas e tratar de reconstruir”, ao mesmo tempo que se dá resposta às necessidades imediatas como a reposição do abastecimento de água, comunicações e eletricidade.

Questionado sobre se já havia uma estimativa dos danos, António Costa disse que ainda não há um levantamento rigoroso dos valores.

É o que estamos a fazer com vários membros do Governo que visitarão o conjunto dos concelhos mais afetados no último domingo. Faremos um levantamento tão rigoroso quanto possível da situação existente no conjunto dos concelhos”, prometeu.

De acordo com o primeiro-ministro, “só tendo a noção da dimensão do conjunto dos danos sofridos” é que é possível ter a dimensão daquilo que se terá pela frente.

Questionado sobre se o Governo não deveria pedir desculpas ao país, o chefe do executivo foi perentório: “temos que nos concentrar naquilo que é essencial. Trabalhar com os autarcas, com os operadores, com as populações na reconstrução dos territórios”.

Há muitas habitações destruídas porque o que aconteceu neste domingo não tem paralelo em dimensão de danos materiais na sua extensão com outros incêndios anteriores”, avisou ainda.

Costa insistiu na necessidade de executar a reforma florestal e reiterou que, no sábado, o Conselho de Ministros extraordinário vai “transformar em medidas e em ação aquilo que são as propostas da comissão técnica independente”.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 41 mortos e 71 feridos, 55 dos quais ligeiros e 16 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas. Uma pessoa está ainda desaparecida.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre hoje e quinta-feira.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

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