O líder socialista afirmou que, em último lugar, a solução para resolver a crise de refugiados dever ser uma intervenção militar, dentro do quadro das alianças que Portugal integra.
"Acho que, em último lugar, a solução deve ser uma intervenção militar, mas Portugal não pode deixar as alianças que tem estabelecidas."
Enviar tropas para combater o Estado Islâmico? Para António Costa é uma hipótese que teria "de ser avaliada".
Já Passos Coelho considera que uma intervenção militar só iria "agravar o problema".
"Não creio que esta situação se resolva com uma situação militar e uma situação militar acabará por agravar os problemas."
Ainda a propósito da crise dos refugiados, um dos temas que tem estado no topo da agenda dos líderes europeus, os dois expressaram uma ideia comum: a Europa têm que dar uma resposta mais eficaz ao problema e estas pessoas, que fogem de países em conflito, têm que ser tratadas com "dignidade".
O chefe do Governo PSD/CDS-PP salientou que Portugal tem tido uma postura de grande cooperação e flexibilidade e que não se opôs aos mecanismos propostos pela Comissão Europeia para o acolhimento de refugiados. Passos Coelho relembrou os números.
"O número é conhecido relativamente ao primeiro lote, 1500 refugiados. Não pusemos nenhum obstáculo em receber mais 2000 refugiados, mas poderemos receber ainda mais."
E aproveitou para assinalar a diferença entre refugiados e imigrantes que chegam à Europa por razões económicas para dizer que também em relação a estes últimos a Europa precisa de novas políticas.
"A Europa deve mudar alguma coisa. Está a ficar um continente envelhecido e precisa também de alguma imigração. Cada país deve reavaliar a sua politica."
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