"Sim, admito que sim [que as pessoas que ganham mais venham a pagar mais]. Temos de ter medidas que compensem a receita. Só quem tem o domínio da máquina fiscal pode calibrar as taxas de forma a que não dê um resultado desequilibrado. Não assumimos nenhum compromisso em concreto porque para desenhar os escalões em concreto só trabalhando por dentro, a partir da máquina fiscal."
Um redesenho dos escalões do IRS que para os socialista é essencial no sentido de aliviar a pressão sobre a classe média, que tem sido "vitimada" nos últimos anos.
"Ao longo dos últimos quatro anos a classe média tem sido vitimada e não há sociedade estável sem uma classe média estável."
"Reduzir o IVA da restauração sim, da eletricidade não"
Costa comprometeu-se em baixar o IVA da restauração de 23% para 13%, mas não em relação o IVA da eletricidade. Aqui, Costa diz que não há nenhum compromisso concreto.
Quando questionado por um proprietário de um restaurante sobre esta matéria, o secretário-geral socialista afirmou que a redução do IVA na restauração “não é uma promessa”, mas “um compromisso”.
"Não é uma promessa, é um compromisso, palavra dada é palavra honrada."
Para António Costa, uma das prioridades dos socialistas é ativar os setores da economia com maior potencial na criação da emprego, como é o caso da restauração.
Contudo, em relação ao IVA da eletricidade, esclareceu que não há nenhum compromisso do PS nesta matéria.
"Só assumimos um compromisso com o IVA da restauração, mas desejamos que o conjunto da carga fiscal se possa reduzir ao longo dos anos. Especificamos bem quais são os nossos compromissos: a redução do IVA da restauração, a eliminação da sobretaxa do IRC nos próximos dois anos, a reforma dos escalões de forma a aliviar a asfixia da classe média."
"Não haverá novos cortes nas pensões"
Em relação às pensões, António Costa assegurou que vai eliminar os cortes atuais e que não haverá novos cortes. uma garantia que o líder socialista diz que é, de resto, "uma das grandes diferenças" entre o PS e o atual Governo.
Para Costa, esta confiança foi "quebrada" com o atual Executivo PSD/CDS-PP. A solução para a Segurança Social passa por aumentar a base contributiva, diversificando as fontes."Garantir que não há cortes nas pensões é fundamental para todas as futuras gerações. A sustentabilidade da Segurança Social consegue-se através da confiança na Segurança Social."
"A solução não é cortar porque isso se teria um efeito recessivo. Nestes últimos meses só por via do aumetno do desemprego a Segurança Social perdeu 8 mil milhões de euros e a forma de travar essa sangria é recuperar a economia e criar emprego."