Costa satisfeito por ver que Merkel "confortou" Marcelo - TVI

Costa satisfeito por ver que Merkel "confortou" Marcelo

António Costa em visita a escola

Primeiro-ministro diz que "seria muito injusto" que Portugal fosse punido por Bruxelas depois de "tudo o que [o país] passou ao longo de quatro anos"

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quarta-feira ver "com satisfação" que a chanceler alemã, Angela Merkel, "confortou o Presidente da República" relativamente a eventuais sanções a Portugal.

"Vejo com satisfação que a senhora Merkel confortou o Presidente da República naquilo que tem sido a mensagem que o Governo tem transmitido ao senhor presidente da República no âmbito das competências que temos na condução da política europeia e do trabalho que vamos fazendo para que não se cometa uma nova injustiça a Portugal", disse.

O primeiro-ministro respondia aos jornalistas à margem de uma visita ao agrupamento de Escolas Cardoso Lopes, na Amadora, após questionado sobre o resultado da visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à Alemanha.

António Costa sustentou que "seria muito injusto" e sobretudo no ano em que "todos, até a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), reconhecem que o défice vai ficar abaixo dos 3%" que Portugal fosse punido depois de "tudo o que [o país] passou ao longo de quatro anos".

"Depois de terem elogiado tanto as políticas erradas que foram seguidas nos últimos quatro anos e quando se verifica que os resultados alcançados não são bons agora é que vem punir Portugal? Isso seria muito injusto e sobretudo no ano em que todos, até a OCDE, reconhece que o défice vai ficar abaixo dos 3%", considerou.

No final da visita oficial, o Presidente da República afirmou na terça-feira que deixou Berlim "muito satisfeito", designadamente após "a conversa com a chanceler Angela Merkel", que revelou "abertura" e "sinais de compreensão, e não preocupação" relativamente a Portugal.

Questionado sobre se sai de Berlim com a garantia de que a Alemanha estará ao lado de Portugal quando chegar a altura de decidir eventuais sanções a Portugal devido ao défice, Marcelo Rebelo de Sousa disse na terça-feira que não pode "falar pelo governo alemão", mas a sua "interpretação é que correu muitíssimo bem, em particular a conversa com a chanceler Angela Merkel, melhor do que teria esperado".

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