Na circunstância, António Costa fez questão de sublinhar que a melhor forma de defender o Serviço Nacional de Saúde (SNS) passa por desenvolver mais políticas de saúde na rede pública, criando o que ainda falta.
Para defender o SNS não basta celebrá-lo, praticá-lo, é preciso desenvolvê-lo. E desenvolver o SNS é seguramente prosseguir o que ainda falta fazer: desenvolver a rede de cuidados de saúde primários, densificar e trazer novas valências para os cuidados de saúde primários, desde a saúde oral à oftalmologia, mas também os cuidados continuados, que é uma necessidade crescente, num país que tem ganho esperança de vida", sublinhou.
Num discurso de cinco minutos, o chefe do Governo falou na sessão de homenagem ao SNS e a António Arnaut, no auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
Arnaut, autor da lei da criação do SNS, em 1978, enquanto ministro dos Assuntos Sociais, passa a ter o seu busto no centro de uma rotunda que dá acesso ao auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
A criação do SNS é, certamente, um dos maiores ganhos civilizacionais que a democracia nos deu, que se traduz, desde logo, pela qualidade dos ganhos de saúde para a população, desde a redução extraordinária da mortalidade infantil ao aumento da esperança de vida", frisou António Costa.
Salientando que hoje "todos defendemos o SNS", o governante recordou que, há 37 anos, não existia consenso atual no espetro político, mas que o SNS "suplantou todos os receios" e depois de "muitos Governos, múltiplas políticas e prioridades de saúde, permanece e resiste".
Esses ganhos de saúde e a sua acessibilidade a todos os cidadãos é, seguramente, um dos maiores ganhos que o 25 de Abril tornou possível", reiterou António Costa.
Tabaco banido de mais locais
Num conselho de ministros dedicado à Saúde, realizado esta quinta-feira, em Coimbra, o Governo aprovou alterações à chamada "lei do tabaco", designadamente em relação ao conceito de fumar novos produtos sem combustão, vulgarmente conhecidos como cigarros eletrónicos, e medidas contra a exposição, publicidade e promoção do fumo.
A proposta de lei aprovada pelo Conselho de Ministros prevê também a "proibição de fumar nos parques infantis e nas áreas situadas junto das portas e janelas" dos estabelecimentos de cuidados de saúde e de ensino.