Covid-19: Costa avisa que o país vai entrar "numa fase crítica" - TVI

Covid-19: Costa avisa que o país vai entrar "numa fase crítica"

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  • SS - atualizada às 16:34
  • 7 set 2020, 15:56

O chefe do Governo reitera que o país não pode voltar a parar. O primeiro-ministro falou aos jornalistas à entrada da reunião sobre a evolução da covid-19 em Portugal que junta peritos, políticos e parceiros sociais e que decorre esta tarde, no Porto

O primeiro-ministro alertou esta segunda-feira que o país vai entrar “numa fase crítica” devido à mudança de estação, início do ano letivo e recomeço de muitas atividades, apelando ao cumprimento das regras para controlar a pandemia.

Vamos estar num momento crítico porque vai aumentar o número de pessoas em atividade, depois do regresso das férias, vamos entrar no outono e as aulas vão recomeçar, logo necessariamente o risco de contágio vai aumentar”, disse António Costa.

O chefe do Governo falava aos jornalistas à entrada da reunião sobre a evolução da covid-19 em Portugal que junta peritos, políticos e parceiros sociais e que decorre esta tarde, no Porto, com transmissão aberta das intervenções iniciais dos técnicos.

O encontro junta o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, líderes partidários, patronais e sindicais.

Esta reunião ganha “grande importância” no atual momento porque, considerou Costa, na fase em o país está é fundamental ouvir de novo os especialistas, não só sobre o atual ponto da situação, mas sobre o que se passa no conjunto da Europa e porque razão mais cedo do que muitos esperavam há um aumento significativo dos casos.

“É um bom momento para relembrarmos a todas e a todos que, até haver uma vacina, a pandemia não passou e é essencial manter todos os cuidados, desde uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social”, referiu.

O primeiro-ministro lembrou que se todos cumprirem as regras consegue-se controlar o aumento substancial da pandemia, o que é essencial para que não haja uma sobrecarga excessiva dos serviços de saúde.

É fundamental manter a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sublinhando que o Governo tem vindo a reforçar essa mesma resposta.

O primeiro-ministro defendeu que o país não pode a voltar a parar, tal como aconteceu nos meses de março e abril, porque do ponto de vista social e económico não é sustentável.

Nós temos de evitar a todo custo as soluções que tivemos de adotar em março e abril porque, do ponto de vista social e económico, não são obviamente sustentáveis”, afirmou António Costa.

 

Não podemos voltar a pararmos todos, a voltarmos a uma paralisação global da economia porque sabemos bem do impacto brutal que está a ter no emprego, no rendimento das famílias e na vidas das empresas”, acrescentou.

É fundamental não deixar de fazer tudo o que é necessário para conter a pandemia, evitando uma perturbação excessiva na vida das pessoas, nas empresas, nas escolas e nas instituições, frisou.

Para o primeiro-ministro, as pessoas estão mais conscientes do que estavam nos meses de março e abril, usando agora mais a máscara do que na altura.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortos e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.843 pessoas das 60.507 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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