"Vários outros ministérios" estão a ser usados para fins eleitorais - TVI

"Vários outros ministérios" estão a ser usados para fins eleitorais

PS "tem indicações" nesse sentido, diz António Costa, que quer um esclarecimento "urgente e cabal" do primeiro-ministro

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António Costa e o PS têm "indicações" de que, para além do Ministério da Justiça estar a usar serviços do Estado para apreciar o programa de Governo socialista - uma notícia avançada pelo "Diário de Notícias", a mesma prática está a ser seguida "em vários outros ministérios". 

"O primeiro-ministro tem de dar urgente e cabal esclarecimento. É um caso absolutamente exemplar do uso abusivo das instituições do Estado para o combate político"


O líder do PS, que falava em Vila Nova de Famalicão, no final de uma visita à fábrica Continental Mabor, acrescentou que "é estrita obrigação do primeiro-ministro dar imediato esclarecimento sobre como e em que condições a máquina do Estado está a ser utilizada num combate que deve ser entre partidos mas onde não é aceitável que a coligação de direita possa mobilizar os recurso do Estado para o combate político ao PS".

O líder parlamentar socialista já tinha, de resto, instado Passos Coelho a explicar-se. Ferro Rodrigues sustentou que é "uma situação gravíssima e sem paralelo na democracia portuguesa".

A notícia do DN indica que a ministra Paula Teixeira da Cruz utilizou dirigentes públicos para saber se o programa do PS para a área da Justiça coincidia com as medidas adotadas pelo executivo. E que os diretores-gerais receberam um correio eletrónico (e-mail) a pedir, com urgência, que identificassem, de um conjunto de medidas, as que já tivessem sido realizadas pelo atual governo ou estivessem em vias de o ser.

A ministra da Justiça já reagiu, dizendo que foi um "erro" que dirigentes do ministério tenham pedido a funcionários para verificar se propostas coincidentes com as defendidas pelo PS foram adotadas pelo Governo, mas negou que fosse para fins eleitorais.

"É um erro, foi um erro e todos cometem erros"


Para António Costa, o que está em causa é um facto "gravíssimo", desde logo face à "natureza" do ministério em causa.
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