"Os problemas vão sobrar para o próximo Presidente" - TVI

"Os problemas vão sobrar para o próximo Presidente"

Henrique Neto (Foto: Lusa)

"Será que os portugueses, todos os portugueses, podem festejar?", questiona o candidato a Belém Henrique Neto, que é militante socialista, reagindo à indigitação de António Costa como primeiro-ministro

Se for eleito Presidente da República, e mesmo depois de o atual ter indigitado António Costa como primeiro-ministro, Henrique Neto exigirá aos partidos políticos de esquerda "garantias claras" de um bom Governo para a legislatura. Caso contrário, garante, convocará eleições. Não tem dúvidas de que os problemas "vão sobrar" para o próximo chefe de Estado. 

Reagindo à decisão de Cavaco Silva, Henrique Neto criticou os partidos e candidatos presidenciais que "reivindicaram, insistentemente, a nomeação sem condições", dizendo que tal prova "que não se preocupam em prever o futuro e nesse futuro não inscrevem os interesses de médio prazo dos portugueses".

"Com esta decisão, os partidos da esquerda têm diferentes razões para festejar: o PS festejará porque vai ter novamente um primeiro-ministro no poder apesar de não ter ganho as eleições; o PCP, o Bloco de Esquerda e os Verdes festejarão porque conseguiram vantagens relevantes para os seus militantes e fizeram-no sem assumir qualquer responsabilidade no Governo e, por extensão, no futuro do país. Será que os portugueses, todos os portugueses, podem festejar?", questionou o candidato, que é, recorde-se, militante socialista.

Henrique Neto considera que "os problemas vão sobrar para o próximo Presidente da República", fazendo questão de deixar a sua posição "com toda a clareza".

"Se for eleito, exigirei aos partidos políticos garantias claras de bom governo, de forma a permitir um governo de legislatura. Se isso não acontecer, devolverei a decisão sobre o imbróglio criado ao povo soberano em novas eleições"


Se for eleito, continuou, não aceitará "a governação dos interesses" ou "uma divisão injusta dos sacrifícios, da falta de transparência da governação à corrupção". "E não pensem que o Presidente não tem poderes para o fazer, basta que os use. De facto, depois de 30 anos de privilégio dos interesses, apenas um Presidente da República o pode fazer", rematou.

 
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