O primeiro-ministro, António Costa, reagiu à situação dos lares no âmbito da resposta à pandemia de covid-19 e destaca que "não é de polémicas que o país precisa".
Sobre o relatório da Ordem dos Médicos, que denuncia irregularidades no tratamento aos utentes do lar de Reguengos de Monsaraz, o primeiro-ministro fala em "polémicas artificiais" e refere que "não podemos confundir a árvore com a floresta".
Estes relatórios não são uma novidade", assinala Costa.
António Costa reforçou "toda a confiança" na ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, que abriu um inquérito ao lar de Reguengos "logo a 12 de julho".
Não houve nenhuma tentativa da senhora ministra em desvalorizar a realidade".
À semelhança das declarações da ministra, o primeiro-ministro destaca que preocupação não é de agora e refere o reforço financeiro substancial de 5,5% das transferências para apoio dos lares.
“A preocupação dos lares está presente desde o primeiro minuto"
O primeiro-ministro vai mais longe e recorda que, quando "quando alguns profissionais se recusaram a dar assistencia médica, o estado avançou com militares".
O surto de Reguengos de Monsaraz, detetado em 18 de junho, provocou 162 casos de infeção, a maior parte no lar (80 utentes e 26 profissionais), mas também 56 pessoas da comunidade, tendo morrido 18 doentes (16 utentes e uma funcionária do lar e um homem da comunidade).
Posteriormente, num relatório da auditoria conhecido no dia 06 de agosto, a Ordem dos Médicos disse que o lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva não cumpria as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e apontou responsabilidades à administração, à Autoridade de Saúde Pública e à ARS.