O secretário-geral do PS defendeu este sábado a tese de que “sem contas certas não há futuro” para o país e frisou que o seu Governo nunca aceitará colocar em causa a credibilidade externa da economia portuguesa.
Este aviso foi transmitido por António Costa na reunião da Comissão Nacional do PS, num discurso que proferiu algumas horas após o seu Governo ter aprovado o Orçamento do Estado para 2022, mas em que nunca se referiu diretamente aos parceiros dos socialistas no parlamento: PCP, PEV, Bloco de Esquerda e PAN.
Depois do aviso, o líder socialista considerou que, desde 2016, foi sempre possível conciliar aumento dos rendimentos e do investimento com “uma sã gestão das contas públicas”.
Mas “sem contas certas não há futuro”, declarou perante os membros da Comissão Nacional do PS.
Costa defendeu ainda que o Orçamento do Estado para 2022, apresentado na próxima segunda-feira, tem de ser um instrumento ao serviço da estratégia do Governo e tem de complementar o papel do PRR e do apoio ao investimento público e privado.
O maior recurso que o país dispõe mesmo é desta nova geração. É a mais qualificada que o país dispôs. Basta comparar o que era o país que recebemos em 1995"
António Costa tem alegado que, ao contrário daquilo que foi acusado pelos outros partidos, o PRR não é uma promessa de dinheiro, mas um conjunto de compromissos celebrados entre Portugal e a Comissão Europeia, com regras e calendário de execução bem definidos.