PàF esconde "surpresa desagradável" dos portugueses, acusa Costa - TVI

PàF esconde "surpresa desagradável" dos portugueses, acusa Costa

Líder do PS diz que coligação omitiu aos portugueses factos de grande gravidade económica. Negociações estão "a correr mesmo muito mal"

António Costa insinuou esta sexta-feira, em entrevista à TVI, que a coligação escondeu dos portugueses algo de grande gravidade económica, de que o PS teve conhecimento nas reuniões que manteve com Passos Coelho e Paulo Portas.

"Em cada encontro que tivemos foram deixando cair uma surpresa desagradável que se vai tornar pública um dia"


O líder do PS não quis revelar o quê exatamente, mas à pergunta de Pedro Pinto sobre se era algo de "grande gravidade económica" respondeu: "Sim".

À coligação já foi enviada uma carta com a análise crítica às propostas que fez ao PS e foi a propósito disso que Costa acusou na entrevista a coligação de não fornecer "informação estruturada" sobre " a real financeira do país, de empresas de setores financeiros do país" e, inclusive, "do conjunto do setor financeiro".

Porém, não disse se essa surpresa desagradável que a coligação terá tentado "fazer cair como quem não quer a coisa" diz respeito, por exemplo, ao Novo Banco ou à TAP.

Embora tenha lançado os dados, a jogada ficou-se por aí.

"Acho que não devo [revelar]. Infelizmente os portugueses hão-de saber porque há um limite para a capacidade do Governo omitir e esconder o país dados sobre a situação efetiva e real em que nos encontramos. Não digo isto com satisfação, digo isto com preocupação"


O secretário-geral socialista instou a coligação a dar uma "resposta cabal" a toda a informação socilitada, acusando-a ainda de ter escondido a situação do país

Depois de Passos Coelho ter recusado uma nova reunião com o PS, António Costa entendeu que o líder da PàF "pôs fim às negociações", esperando agora para ver o que acontece. Uma coisa é certa: 

"As negociações estão a correr mesmo muito mal"


Quanto aos encontros com o PCP e com o Bloco de Esquerda, esses sim, "estão a correr bem". Costa garante que não chumbará um governo de direita se não tiver uma alternativa. Diz que está "a trabalhar" para ela. E mais: para um programa de governo que dure toda a legislatura, quatro anos.

À esquerda, António Costa assumiu que há "divergências insanáveis" e que o diálogo "obviamente não é fácil", mas que tem sido feito com "seriedade, rigor" e que as negociações "estão a correr bem". No entanto, "é prematuro dizer que vão acabar bem". 

"Obviamente o PS não quer, nem faria sentido, ir para o poder, a qualquer custo, a qualquer preço. Não é uma questão dos interesses do PS e muito menos do António Costa", assegurou. 

O Bloco de Esquerda ainda hoje de mostrou "muito confiante" com os progressos. Reconheceu que o acordo é "difícil" e "há quem esteja assustado", mas tem de ser feito. Já o Partido Comunista refreou os ânimos

 
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