País não pode ficar "desarmado nas fronteiras" com greve do SEF, diz Costa - TVI

País não pode ficar "desarmado nas fronteiras" com greve do SEF, diz Costa

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  • 27 mai 2021, 16:55
António Costa

Declarações que surgem momentos depois de o ministro da Administração Interna ter anunciado que o Governo iria decretar a requisição civil dos inspetores do SEF nos aeroportos

O primeiro-ministro defendeu esta quinta-feira a decisão do Governo decretar a requisição civil dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) alegando que o país não pode ficar "desarmado" em termos de segurança nas suas fronteiras.

António Costa assumiu esta posição na sede do PS, depois de questionado sobre a decisão tomada em Conselho de Ministros face à greve convocada para junho por um dos sindicatos do SEF.

O país não pode ter em causa a sua segurança interna ameaçada por não haver controlo interno nas fronteiras e, sobretudo, num momento que vivemos uma pandemia e estamos em estado de calamidade. Nesta altura, para além do controlo normal das entradas e saídas, há um controlo acrescido a fazer relativamente à verificação da testagem, da origem [do passageiro] e das quarentenas em função da origem", alegou.

O primeiro-ministro considerou que "seria inimaginável que, nestas circunstâncias, o país fique desarmado nas fronteiras".

Por enquanto ainda é o SEF a assegurar essas funções. O SEF tem de estar 24 horas por dia e 365 dias por ano em estado de prontidão para cumprir a sua missão, como está qualquer força ou serviço de segurança. Portanto, por essas razões, a requisição foi determinada", acrescentou o líder do executivo.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, tinha anunciado momentos antes que o Governo decidira decretar requisição civil dos inspetores do SEF nos aeroportos na sequência da greve marcada para junho por um dos sindicatos deste serviço.

O ministro avançou que a requisição civil já tinha sido solicitada pelo Governo Regional da Madeira e pela generalidade de autarcas de áreas turísticas "como preocupação de segurança nacional".

O Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteira do SEF marcou um ciclo de greves para junho, com início da próxima semana contra a intenção do Governo "de extinguir o SEF".

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