Primeiro-ministro diz que "serviços mínimos estão a ser assegurados" e afasta requisição civil - TVI

Primeiro-ministro diz que "serviços mínimos estão a ser assegurados" e afasta requisição civil

  • Bárbara Cruz
  • 12 ago 2019, 10:38

António Costa diz que, para já, não será necessário decretar requisição civil, porque estão a ser cumpridos os serviços mínimos

O primeiro-ministro disse esta segunda-feira, primeiro dia da greve dos motoristas, que os serviços mínimos estão a ser assegurados, depois de o representante do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas ter ameaçado com o incumprimento. António Costa disse ainda que, para já, não se tornou necessário decretar requisição civil dos motoristas e que a greve tem decorrido "com normalidade".

Em declarações à imprensa após uma reunião na sede da Autoridade Nacional da Proteção Civil, o primeiro-ministro admitiu que "temos de estar preparados para o pior desejando o melhor", mas assinalou que, até ao momento, só houve "um ou dois incidentes pontuais" desde que a greve teve início. "O melhor que podemos desejar é que as partes aproveitem esta oportunidade para fazerem negociações", sublinhou.

António Costa destacou que a greve resulta de um conflito entre privados e por isso "é necessário respeitar as partes". Questionado sobre a presença militar nas refinarias, explicou apenas que as forças armadas foram mobilizadas para uma situação de incumprimento dos serviços mínimos e não obediência a uma eventual requisição civil.

Temos as nossas instituições preparadas para o que der e vier”, referiu.

O primeiro-ministro recusou ainda comentar as acusações do advogado do Sindicato dos Motoristas das Matérias Perigosas, Pedro Pardal Henriques, que diz que as empresas estão a forçar mais motoristas do que o estipulado a cumprir serviços mínimos e que há trabalhadores a serem subornados para furar a greve. Estas declarações já foram desmentidas pela ANTRAM, que garante que não há qualquer suborno e que pediu o afastamento de Pardal Henriques da mesa de negociações. 

Os motoristas cumprem hoje o primeiro dia de uma greve marcada por tempo indeterminado e com o objetivo de reivindicar junto da associação patronal ANTRAM o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

A greve foi convocada SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), tendo-se também associado à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

O Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100% e declarou crise energética, que implica “medidas excecionais” para minimizar os efeitos da paralisação e garantir o abastecimento de serviços essenciais como forças de segurança e emergência médica.

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