«Esta candidatura não é uma questão interna do PS», garante Costa - TVI

«Esta candidatura não é uma questão interna do PS», garante Costa

António Costa defendeu que a sua candidatura a primeiro-ministro visa preparar um novo ciclo de governação para o país

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O dirigente socialista António Costa defendeu esta segunda-feira que a sua candidatura a primeiro-ministro transcende a questão interna do PS, tendo antes um caráter nacional, porque visa preparar um novo ciclo de governação para o país.

António Costa falava no renovado Mercado da Ribeira, no Cais do Sodré, perante centenas de apoiantes das áreas da cultura, entre os quais se encontrava o empresário Luís Montez e o ator Nicolau Breyner - duas figuras com presença nada habitual em iniciativas de partidos de esquerda.

Na sua intervenção, o presidente da Câmara de Lisboa salientou isso mesmo, que tinha a apoiá-lo «pessoas que não são do PS».

«Esta candidatura, de facto, não é uma questão interna do PS, mas uma questão do país e para o país. Certamente por isso, estão aqui pessoas que são do PS, mas também pessoas que não têm sido do PS e pessoas que não são do PS, só que estão preocupados com Portugal, estão preocupados com a cultura e percebem a função central que a cultura tem no país», declarou o autarca de Lisboa.

Falando no final de uma série de intervenções, que foi aberta pela deputada socialista Inês de Medeiros, António Costa deixou uma mensagem, tendo em vista em primeiro lugar as eleições primárias de 28 de setembro e depois, também, as eleições legislativas de 2015.

«Temos uma caminhada longa até às próximas eleições legislativas, porque, de facto, não está apenas em causa uma escolha do PS, mas também uma escolha do país e preparação de um novo ciclo de governação. Agradeço o vosso apoio, mas eu preciso que multipliquem o vosso apoio por muitos e muitos outros apoios», declarou.

De acordo com António Costa, «quer no dia 28 de setembro, quer na caminhada para a construção de uma nova maioria de Governo, este movimento tem de crescer e aumentar».

Na sua intervenção, o presidente da Câmara de Lisboa defendeu a aposta na cultura como fator essencial à saúde do regime democrático, mas também ao processo de desenvolvimento de Portugal.

«A cultura precisa de um ministério, mas precisa de muito mais do que um ministério. Precisa de uma visão. Uma sociedade decente é uma sociedade de valores. Deixámos de ser uma sociedade de valores para sermos uma sociedade de mercado», sustentou, numa das partes mais aplaudidas do seu discurso.
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