Vacinação será "grande prioridade" da presidência portuguesa da UE, assegura Costa - TVI

Vacinação será "grande prioridade" da presidência portuguesa da UE, assegura Costa

Primeiro-ministro esteve esta terça-feira reunido com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel

O primeiro-ministro português, António Costa, referiu esta terça-feira que a vacinação contra a covid-19 deverá ser uma das “grandes prioridades” da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), após um encontro com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Este é (...) o momento de nos prepararmos todos para aquela que é a grande prioridade da humanidade no próximo ano e da Europa no próximo semestre: conseguir garantir que temos disponível uma vacina que tenha uma eficácia efetiva para travar a covid[-19], e que nos permita chegar no mesmo dia a todos os países da Europa e, a partir daí, assegurar uma vacinação justa que assegure uma imunização global contra a covid", disse António Costa, em conferência de imprensa.

O Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também sublinhou que a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) terá lugar num “momento histórico”, porque deverá liderar a “UE para uma era pós-covid”.

“A sua presidência chega num momento crucial para a Europa, talvez até mesmo num momento histórico, porque a sua presidência irá liderar a União Europeia (UE) rumo a uma era pós-covid”, sublinhou o presidente do Conselho Europeu.

Ninguém tem legitimidade para questionar posição de Portugal sobre valores da UE 

O primeiro-ministro, António Costa, disse esta terça-feira, em Bruxelas, que “ninguém tem legitimidade” para questionar o compromisso “inequívoco” de Portugal com os valores da União Europeia, quando confrontado com uma alegada oposição a um mecanismo sobre o Estado de direito.

Falando numa conferência de imprensa conjunta com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, depois de uma reunião consagrada à presidência semestral portuguesa do Conselho da UE, que arranca dentro de um mês, Costa reiterou que, para Portugal, “os valores da UE não são só condição de acesso aos fundos, são muito mais do que isso”, e defendeu que a questão do mecanismo de condicionalidade no acesso aos fundos ao respeito pelo Estado de direito nem deve ser reaberto, pois já foi acordado.

A seu lado, Charles Michel também foi taxativo, ao afirmar que “não há sombra de dúvida sobre o compromisso de Portugal e do primeiro-ministro com os valores” da UE.

Posso dizer-vos que, à volta da mesa do Conselho Europeu, conhecemos todos a sinceridade e a força do compromisso de António Costa, que sistematicamente participa de maneira ativa sobre todos os temas, incluindo os difíceis”, apontou.

Não há plano B para bloqueio no orçamento da UE

O primeiro-ministro português, António Costa, disse não existir um plano B ao bloqueio na aprovação do orçamento da União Europeia (UE) e do novo Fundo de Recuperação, instando ao fim do braço de ferro da Hungria e Polónia.

Não há plano B que não seja aprovar o próximo Quadro Financeiro Plurianual e o Mecanismo de Recuperação e Resiliência no próximo Conselho Europeu de dia 10 e 11 de dezembro”, declarou António Costa.

O chefe de Governo português mostrou-se, inclusive, “disponível para ficar mais uns dias” em Bruxelas, em dezembro, para garantir esse acordo.

“Dure o que durar, tem de se concluir esse processo [nessa reunião presencial] porque a Europa não pode esperar”, vincou António Costa.

Avisando que “ninguém pode contar com a possibilidade de reabrir o que está acordado”, relativamente ao orçamento da UE e ao novo Fundo de Recuperação pós-crise da covid-19, o primeiro-ministro exortou “todos os envolvidos neste braço de ferro” a retrocederem, nomeadamente Hungria e Polónia.

Continue a ler esta notícia