CES: «Governo deixa no ar a ameaça de que esta medida será permanente» - TVI

CES: «Governo deixa no ar a ameaça de que esta medida será permanente»

António Galamba

PS acusa Governo de preparar-se para passar linha vermelha nas taxas sobre pensionistas

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O PS considerou esta terça-feira que o Governo se prepara para ultrapassar a linha vermelha traçada pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, ao agravar a taxa da contribuição extraordinária de solidariedade (CES) aos pensionistas que já a pagam.

«Quem era politicamente incompatível com um corte indiscriminado nas pensões, agora é irrevogável no sentido a que já nos habituou. Quem tinha medo de um cisma grisalho há sete meses, hoje já nem demagogia tem», declarou à agência Lusa António Galamba, membro do Secretariado Nacional do PS, numa alusão crítica à atuação política de Paulo Portas na questão dos pensionistas.

Segundo a edição desta terça-feira do Diário Económico, o Governo, além de alargar a CES para um novo patamar mínimo próximo de mil euros - com uma taxa prevista abaixo do atual mínimo de 3,5 por cento - está também a trabalhar em cenários que agravam ligeiramente a contribuição de quem já paga a taxa.

Para António Galamba, o atual Governo está «corroído pela cegueira da austeridade sobre austeridade».

«Para corrigir um erro, o Governo comete um erro ainda maior: Agravar ainda mais as condições de vida dos reformados e pensionistas», declarou o dirigente socialista.

Na perspetiva de António Galamba, «cada dia que passa se percebe melhor» que a expressão «recalibrar» usada pelo Governo «é um eufemismo».

«O Governo vai aplicar é um corte adicional à CES, que abrange os que já pagam esta taxa e se vai aplicar a outros. Não há dúvidas: Estamos mesmo perante uma TSU sobre os pensionistas», salientou.

Por outro lado, segundo o dirigente socialista, «mais uma vez o Governo deixa no ar a ameaça de que esta medida será permanente».

«Com este Governo nenhum português sabe com o que pode contar. A falta de confiança e a insegurança são marcas indeléveis deste executivo», acrescentou António Galamba.
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