Seguro acusa Governo de desaproveitar recursos na Saúde - TVI

Seguro acusa Governo de desaproveitar recursos na Saúde

António José Seguro

Em causa, as unidades de cuidados continuados prontas para abrir, mas ainda sem contratos para acolher doentes em condições mais económicas

O secretário-geral do PS lamentou, esta quinta-feira, que existam unidades de cuidados continuados prontas para abrir e para acolher doentes em condições mais económicas para o Estado, mas o Governo ainda não tenha concluído esses contratos.

António José Seguro falava aos jornalistas após ter estado reunido cerca de uma hora com o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, encontro integrado no roteiro da saúde do PS.

Acompanhado pelo secretário nacional do PS Álvaro Beleza e pelos deputados socialistas Maria Antónia Almeida Santos, Manuel Pizarro, Sónia Fertuzinhos, Marcos Perestrello e Luísa Salgado, António José Seguro começou por se referir ao caráter gravoso dos pontos de vista de saúde e financeiro por cidadãos estarem acamados em hospitais, quando poderiam ser antes acolhidos em unidades de cuidados continuados.

Nas declarações que fez aos jornalistas, o secretário-geral do PS deu particular destaque às questões relacionadas com a rede de cuidados continuados, sobretudo no que respeita à existência de várias unidades (110 segundo as estimativas dos socialistas) que estão prontas para começar a funcionar, mas que ainda não têm contrato com o Governo.

«Acontece que o Estado pediu a muitas Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS) para fazerem investimentos grandes, tendo em vista terem maior disponibilidade para acolherem parte desses doentes. Neste momento, porém, há camas que estão disponíveis e não há por parte do Governo o contrato necessário para que essas unidades possam abrir e prestar um serviço de qualidade», lamentou o líder dos socialistas.

Ainda de acordo com António José Seguro, «há investimentos em curso que precisam de ser pagos, designadamente IPSS que pediram crédito junto de entidades bancárias». «Neste momento, essas IPSS têm um encargo que só poderia ser satisfeito se houver possibilidades de receberem essas pessoas», advertiu o secretário-geral do PS.

Em, linhas gerais, Seguro disse identificar dois problemas de fundo em relação à situação de algumas IPSS. «Há qualidade de serviços de saúde que pode ser prestada mas neste momento o Governo não autoriza a sua abertura; depois, há dificuldades das misericórdias, porque têm um encargo que não estava previsto», acrescentou.

Por sua vez, o presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, referiu que a sua instituição «está completamente disponível para colaborar com o país». «O Estado não é só o Governo, o Estado é também a oposição. Nesse sentido, demos conta das principais questões que nos afetam e que já foram referidos pelo dr. António José Seguro», acrescentou.
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