CGTP acusa Passos Coelho de tentar condicionar reposição de direitos - TVI

CGTP acusa Passos Coelho de tentar condicionar reposição de direitos

Secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos (MIGUEL A. LOPES/LUSA)

Arménio Carlos critica afirmações do ex-primeiro-ministro de que a concertação social está ameaçada por negociações feitas à parte entre o Governo e a CGTP

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, acusou esta quarta-feira o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho de tentar condicionar as alterações em curso pelo atual Governo destinadas a repor os direitos retirados nos últimos quatro anos.

“O anterior Governo tinha um projeto de rutura com aquilo que é um modelo social presente na Constituição da República, que não conseguiu concretizar na totalidade e contava fazê-lo nos próximos quatro anos e agora, na oposição, recorre a este tipo de declarações para pressionar o atual Governo e para condicionar novas alterações face às propostas da CGTP”, disse Arménio Carlos.

O secretário-geral da CGTP comentou, assim, num encontro com jornalistas, as afirmações proferidas na terça-feira por Pedro Passos Coelho, nas quais defendeu que a concertação social está ameaçada por negociações feitas à parte entre o Governo e a CGTP e pediu aos sociais-democratas da UGT que denunciem mais ativamente essa situação.

"Hoje, a CGTP tem sabido trazer uma parte da sua negociação por via daquela que é estendida ao Partido Comunista Português e ao Bloco de Esquerda. E é assim que uma parte do que devia ser negociado na concertação é negociado fora, satisfazendo a CGTP", acusou Passos Coelho.

Arménio Carlos considerou que “a direita está preocupada com a reposição dos direitos e eventual inversão dos aspetos gravosos da legislação laboral e procura centralizar toda a discussão das matérias sociais na concertação social”.

A CGTP entende que a concertação social não é o único espaço de diálogo social, uma vez que este se desenvolve também ao nível das empresas, na contratação coletiva, na Assembleia da República, e nas relações bilaterais com o Governo e com as confederações patronais.

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