Vice do CDS-PP critica «experimentalismo do Governo» - TVI

Vice do CDS-PP critica «experimentalismo do Governo»

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Apesar das críticas, Artur Lima defende que o partido deve ter «elevado sentido de Estado»

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O vice-presidente do CDS/PP defendeu esta sexta-feira que o partido deve ter «um elevado sentido de Estado». Artur Lima admitiu, no entanto, que embora considere que também deve «refletir o seu desagrado profundo sobre o experimentalismo do Governo».

«O CDS, neste momento difícil para Portugal, deve ter um elevado sentido de Estado e de patriotismo, mas não deve deixar de refletir o seu desagrado profundo sobre o experimentalismo que está a ser levado pelo Governo», disse Artur Lima, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada.

O também presidente do CDS-PP nos Açores reafirmou as críticas às medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro, nomeadamente o aumento da Taxa Social Única e frisou que «Portugal não é um laboratório». Artur Lima desafiou Pedro Passos Coelho a «deixar os teóricos da economia ultraliberal e a ouvir gente com sensibilidade social que existe tanto no CDS e no PSD».

«Trate mais de ser primeiro-ministro do que ser o executor de experimentalismos de alguns cientistas que querem ver se as suas medidas funcionam em Portugal para depois as levarem, quiçá, para alguma empresa», disse o vice-presidente do CDS-PP, para quem o partido «não deve abdicar daqueles que são os seus princípios».

Artur Lima recordou a sua oposição inicial à coligação PSD/CDS, mas defendeu «bom senso e sentido de Estado». Isto apesar de considerar que o primeiro-ministro revelou «um erro de condução política ao não dialogar com o PS», partido que «devia ser chamado a ser parte da solução do problema que ele próprio criou».

«Se bem se lembram, quando foi feita a coligação, eu, olhando para as promessas que eram feitas, para o programa do PSD, entendia que o CDS não devia ter ido para o Governo com o PSD. Infelizmente, parece que o tempo me está a dar razão», frisou.

«Uma coisa digo. Portugal não é um laboratório, as pessoas não são cobaias e o primeiro-ministro não é um cientista. Foi eleito pelo povo para governar bem e o que desejaria era que o Governo da República governasse para as pessoas e se deixasse de experimentalismos», afirmou.
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