Aguiar Branco: bancada do PSD pode ser «referencial de unidade»

José Pedro Aguiar Branco considera que, com o apoio manifestado à sua candidatura a líder da bancada do PSD, o grupo parlamentar social-democrata tem condições para «ser um referencial de unidade de que o partido precisa».

O vice-presidente do PSD Aguiar Branco falava aos jornalistas na Assembleia da República, depois de ter votado nas eleições para a liderança da bancada do PSD, às quais concorre apenas a lista que apresentou, refere a Lusa.

«A subscrição desta lista teve um larguíssimo apoio. Julgo que, em termos do historial das listas para o grupo parlamentar, é seguramente daquelas que teve o maior apoio na subscrição. 66 em 71 deputados é efectivamente um apoio de subscrição muito grande, que eu espero ver agora também confirmado em termos de votação», disse Aguiar Branco.

«E acho que, com estas condições, podemos partir para um mandato com uma legitimidade muito forte, com a ideia de coesão e a ideia de podermos, aqui no grupo parlamentar, ser um referencial de unidade de que o partido precisa», acrescentou.

Questionado sobre o processo de apresentação da sua candidatura e a declaração feita pelo vice-presidente do PSD Paulo Mota Pinto dando conta de que a direcção nacional social-democrata não o tinha escolhido, Aguiar Branco respondeu que «não houve nenhum problema, não houve nenhuma antecipação, houve a tramitação normal».

«Falei previamente com a doutora Manuela Ferreira Leite, porque o grupo parlamentar tem uma linha de orientação que deve estar em sintonia com a direcção do partido, mas é autónoma. Portanto, o processo - e aí é que eu acho que pode ter havido algum equívoco de interpretação - começa precisamente assim, começa no seio do grupo parlamentar e depois tem uma relação com a direcção do partido naquilo que tem a ver com a linha de orientação política que se deseja seguir», disse.

Aguiar Branco acrescentou que não foi escolhido pela direcção social-democrata «como nenhum presidente anterior o foi» e referiu que a presidente do PSD «manifestou logo o apoio» à sua candidatura quando falou com ela.

«Não há nenhum problema, não houve nenhuma antecipação, houve a tramitação normal. Qualquer outra coisa são equívocos», concluiu.

Sobre a forma como pretende fazer oposição no Parlamento, Aguiar Branco disse que «Portugal vive um momento de crise», que «esse momento de crise precisa de ser ultrapassado com grande sentido de responsabilidade» e que «seguramente do PSD será com esse tipo de atitude que podem contar».