Costa e o Governo “estão a brincar com o fogo” na resposta à ameaça de sanções - TVI

Costa e o Governo “estão a brincar com o fogo” na resposta à ameaça de sanções

Assunção Cristas

Líder do CDS-PP, Assunção Cristas, considerou que o primeiro-ministro e o Governo atuam com “irresponsabilidade, ligeireza, com uma grande imprudência” no que respeita à possibilidade de sanções

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, disse esta quarta-feira que o primeiro-ministro e o Governo “estão a brincar com o fogo” quando atuam com “irresponsabilidade, ligeireza, com uma grande imprudência”.

O primeiro-ministro e este Governo estão a brincar com o fogo quando atuam com irresponsabilidade, com grande ligeireza, quando atuam com uma grande imprudência”, afirmou Assunção Cristas, na Ribeira Grande, Açores, na apresentação da cabeça de lista por São Miguel, Ana Afonso, às eleições regionais de 16 de outubro.

Para Assunção Cristas, “brincam com o fogo quando, em resposta à ameaça de sanções”, respondem “está tudo bem” e não é preciso “fazer mais nada, porque o caminho está certo”, mas, ao mesmo tempo, o “ministro das Finanças diz que o crescimento que tem previsto no Orçamento do Estado afinal não se vai realizar”.

A dirigente centrista realçou que o Governo socialista também não diz como é que vão ser aplicados os cortes de 350 milhões de euros, questionando como é que este valor “vai impactar nas escolas, na saúde” ou nos fundos de apoio ao investimento.

O primeiro-ministro só diz está tudo bem e não é preciso fazer mais nada, é a austeridade ‘à la esquerda’”, continuou a líder do CDS-PP, dizendo querer “saber onde é que estão os partidos de esquerda a olhar para esta sua austeridade”.

Assunção Cristas apontou outro exemplo do que considerou ser brincar com o fogo e “fazer pouco dos portugueses”.

No mesmo dia em que o ministro das Finanças manda para Bruxelas esta carta do corte de 350 milhões de euros nos orçamentos dos vários ministérios, aquilo que vimos foi o primeiro-ministro com vários dos seus ministros fazerem uma festa com o orçamento participativo”, declarou, classificando-o de “migalha”.

Assunção Cristas disse questionar-se se o primeiro-ministro, António Costa, “não se terá esquecido que já não é presidente da Câmara de Lisboa”, onde “tinha um orçamento participativo de 2,5 milhões de euros”.

A dirigente do CDS Assunção Cristas destacou outros dois casos, estes relacionados com o sistema financeiro.

O primeiro-ministro, de forma completamente irresponsável e ligeira, há uma semana que vem dizer que é preciso um banco mau para limpar 20 mil milhões de euros do sistema financeiro”, realçou, acusando António Costa de nunca explicar, “porque não sabe, não aprofunda, não estuda”.

Assunção Cristas referiu, ainda, a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, sublinhando que as afirmações sem serem explicadas “têm apenas uma consequência, retirar a confiança no banco, retirar a confiança no sistema financeiro” e colocar em causa a credibilidade do país.

Sobre a eventual liquidação do Novo Banco, a líder do CDS-PP recuou ao momento em que o ex-ministro Teixeira dos Santos afirmou que “quando os juros da dívida portuguesa chegassem aos 7% tinha de pedir um resgate”.

“Foi a maneira de acelerar a chegada aos 7%, aquilo que sinto quando vejo o que está a ser dito irresponsavelmente pelo Governo nesta matéria é mais ou menos o mesmo, é a maneira de destruir rapidamente valor e de fazer com que de facto se chegue a um momento inevitável de liquidação da instituição”, acrescentou aos jornalistas.

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