Défice ficaria nos 3,7% sem os "cortes cegos" - TVI

Défice ficaria nos 3,7% sem os "cortes cegos"

  • EC
  • 27 mar 2017, 12:51
Assunção Cristas

Assunção Cristas diz que as cativações que o Governo tem feito têm afetado "muitas e muitas áreas", como a saúde. Cativações que são "cortes cegos" nos serviços públicos

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu hoje que o défice teria ficado em 3,7% e não em 2,1% se o Governo tivesse executado a despesa prevista, sem cativações que são "cortes cegos" nos serviços públicos.

Fizemos a conta e verificamos que se o Governo tivesse executado a despesa que devia ter executado, e muitos disseram que o Orçamento era irrealista, o défice teria ficado em 3,7%, não 2,1%", afirmou Assunção Cristas aos jornalistas, no final de uma visita à unidade de cuidados continuados da cooperativa social CERCITOP, em Algueirão, no concelho de Sintra.

Para a líder centrista, este cálculo ilustra "aquilo que o CDS tem vindo a sinalizar durante todo o ano: um garrote enorme nos serviços públicos, cativações que são cortes cegos na despesa, uma quebra brutal no investimento público, tem vindo a afetar muitas e muitas áreas", como a da saúde.

Assunção Cristas expressou preocupação com as condições de funcionamento de unidades de cuidados continuados, como a "unidade de excelência" que visitou hoje, apontando o "garrote financeiro" provocado pela falta de "atualização das verbas comparticipadas pela Segurança Social e pelo Ministério da Saúde", o aumento do salário mínimo nacional.

A presidente centrista sublinhou que o CDS propôs, e foi chumbado no parlamento, a compensação às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) pelo aumento do salário mínimo.

"Já lá vão três meses desde esse aumento", frisou.

Por outro lado, há um constante aumento de exigências que aumentam as despesas destas unidades", argumentou, apontando para uma portaria recente que exige aquelas unidades de cuidados continuados receba "todo o tipo de doentes".

De acordo com a presidente do CDS, está em causa "um desvirtuar da rede" de cuidados continuados: "Começam a receber doentes que não é suposto estarem aqui, porque não é um hospital, não foi pensado para ser um hospital e, no entanto, progressivamente têm vindo a ser enviados mais doentes, com patologias diferentes, que não podem ser tratadas nestas unidades".

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