Orçamento do estado é “ficção” digna de um “Óscar” - TVI

Orçamento do estado é “ficção” digna de um “Óscar”

Paulo Portas e Assunção Cristas

Afirmação é de Assunção Cristas, candidata à presidência do CDS/PP

A candidata à presidência do CDS/PP Assunção Cristas disse hoje em Leiria que o Orçamento do Estado é uma "ficção", na primeira sessão da volta designada "unidos para vencer", na qual irá ouvir os militantes.

"Parece uma ficção no cenário macroeconómico. Parece uma receita igual à que já conhecemos: 'pode ser que dê'. Mas, na verdade, quando olhamos para as entidades internacionais e para as agências, o que dizem: 'cuidado, é excessivamente otimista, não é realista, não é fidedigno', então podemos estar a ver um filme que já conhecemos muito bem", disse Assunção Cristas na primeira parte do seu discurso, aberto à comunicação social.
 

A candidata à presidência do CDS acrescentou que "se houvesse ‘Óscares’ na política, certamente que haveria duas nomeações claras para o ‘Óscar’ da melhor ficção, que seriam o primeiro-ministro e o ministro das Finanças". E Assunção Cristas acredita que "eles ganhariam".


Para a ex-ministra, a vitória "clara e inequívoca" de Marcelo Rebelo de Sousa na eleição para a Presidência da República é uma resposta do povo.
 

"Esse voto rejeitou aquilo que alguns já davam como adquirido, que era que o povo português está confortável e gosta desta lógica da esquerda toda junta. Isso não aconteceu. Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito de forma clara, inequívoca e permitiu-nos recentrar e reequilibrar o espaço político", sublinhou.


Considerando que "ninguém sabe" quando haverá eleições legislativas, Assunção Cristas lembrou que já estão marcadas as eleições para a Região Autónoma dos Açores e para as autárquicas, em 2017.

"Por isso, enquanto CDS, temos de nos preparar desde o primeiro momento para sermos a melhor solução quando for o momento de os portugueses se pronunciarem nas urnas", salientou, prometendo uma "oposição muito forte e construtiva" no sentido de "desmontar o trabalho que está a ser desfeito pelo governo neste momento".

Enumerando as várias alterações na Saúde e Educação que o governo de António Costa tem realizado, Assunção Cristas disse querer "interromper a meio" um "filme" que já conhece, porque não quer "sequer pensar em voltar a fazer os portugueses passar por aquilo que passaram".

Assunção Cristas foi a Leiria para "sentir as preocupações e prioridades" dos militantes e "construir uma moção com um tronco comum".

A candidata afirmou ainda que o CDS é um partido que "quer crescer". "Orgulhamo-nos da nossa história, orgulhamo-nos do legado do Dr. Paulo Portas, mas queremos olhar em frente, crescer e chegar a todos os eleitores."

Por isso, Assunção Cristas convidou ainda os militantes a trazerem "alguém mais curioso, com vontade de se aproximar", pois é "muito bem-vindo".
 

"O nosso partido é aberto e disponível para acolher outros desde a primeira hora", acrescentou, garantindo que só se candidatou à liderança do partido depois de saber que "não seria responsável por qualquer divisão" do CDS.


Assunção Cristas prometeu ainda um CDS como uma "alternativa muito sólida e robusta".
 

Quer que portugueses "reconheçam o CDS" como "ator principal"


A candidata à presidência do CDS Assunção Cristas disse hoje, no final da reunião com os militantes do partido, em Leiria, que o CDS "trabalhará para que os portugueses lhe reconheçam a dignidade de ator principal".

"O CDS, hoje, está motivado", garantiu Assunção Cristas, considerando que na terça-feira se realizou uma "belíssima sessão de trabalho".

Naquela que foi a primeira sessão da volta que fará ao país para ouvir os militantes, Assunção Cristas realçou que, hoje, em Leiria, estiveram "históricos do partido", "pessoas que se fizeram militantes há pouquíssimo tempo" e "pessoas que se estão hoje a fazer-se militantes do CDS, aqui mesmo nesta sessão".


"É muito bom ver a vivacidade do partido e a vontade que as pessoas têm de contribuir, ajudar a crescer e a engrandecer o CDS, para que seja um ator cada vez mais presente na política nacional", destacou ainda a candidata.


Sobre a sessão de hoje, Assunção Cristas disse ainda ter sentido o "entusiasmo" dos militantes.

"Só posso agradecer do fundo do coração toda a força que recebi aqui. Vou com o coração e com a alma muito mais cheios e entusiasmada. Tivemos uma belíssima sessão de trabalho, com muitos contributos, que coincidiram muito até com aquilo que já tinha pensado partilhar com os militantes", afirmou a candidata.

Considerando que estão "bastante alinhados", Assunção Cristas acredita que todas as sessões irão "enriquecer muito a moção" e "contribuirão na preparação do congresso".

"Acho que será uma volta excelente. Se todas forem ao nível desta sessão de Leiria teremos certamente uma volta magnífica", concluiu.
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