Todos elogiam a «Presidenta» da Assembleia da República - TVI

Todos elogiam a «Presidenta» da Assembleia da República

Assunção Esteves é uma figura respeitada por todas as bancadas. Nobre diz estar feliz

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Há cada vez mais mulheres em lugares de prestígio na política. No Brasil, Dilma Rousseff passou a envergar o título de Presidenta, ainda que em português não exista essa palavra, e no Parlamento português também já foi usado o mesmo termo a propósito de Assunção Esteves, a primeira mulher a presidir a Assembleia da República .

O termo foi utilizado por Miguel Relvas, o novo ministro adjunto dos Assuntos Parlamentares, o único membro do Governo hoje empossado presente no hemiciclo. Considerou que o expressivo resultado de Assunção Esteves e «a tranquilidade demonstrada na reação de todas as bancadas» são a demonstração clara de que «a seriedade, isenção, sabedoria, qualidade e abertura à sociedade serão valores permanentes nos próximos quatro anos no desempenho» do mandato.

«Para além dos discursos, as atitudes têm mesmo de ser para valer na capacidade de sermos tolerantes, de sabermos ouvir, mesmo aqueles que connosco não concordam e será sempre a partir da força da divergência que saberemos encontrar os caminhos das soluções que temos de ser capazes de construir para o nosso país», acrescentou Miguel Relvas.

Mais discreto foi Fernando Nobre, que se sentou na quinta fila do Parlamento e assistiu a todo o ritual de tomada de posse com calma e aparente distanciamento. Depois de perder por duas vezes na eleição de segunda-feira, o deputado independente eleito pelo PSD viu Assunção Esteves ser eleita à primeira e com uma votação que ultrapassa o número de deputados do PSD e do CDS. Aos jornalistas, já no exterior do hemiciclo, Nobre manifestou-se «muito feliz» com a eleição da sua colega de bancada. Disse ainda estar convicto de que Assunção Esteves exercerá satisfatoriamente as funções para que foi hoje eleita: «Não tenho a mínima dúvida».

Todos elogiam

O elogio a Assunção Esteves foi unânime. Todas as bancadas parlamentares saudaram a sua eleição como Presidente da Assembleia da República (PAR), mas houve uma especial.

Maria de Belém, sua amiga e líder parlamentar interina do Partido Socialista. «Foi a nossa primeira escolha, disse, não deixando duvidas sobre a influencia do PS nesta eleição. De resto, destacou o facto de se tratar de uma mulher com « onga carreira política, exercida de forma livre». «Os princípios enquadrarão a sua acção», concluiu.

O candidato a líder parlamentar do PSD Luís Montenegro sublinhou, por seu lado, o «orgulho e a confiança» da bancada na nova presidente da Assembleia da República, «uma personalidade altamente qualificada e altamente prestigiada. Enalteceu ainda a «grande tolerância com o pensamento contrário» de Assunção Esteves, considerando que é por isso seguro que o Parlamento terá uma «presidente com elevado sentido de Estado» e que estará «à altura das responsabilidades que lhe foram de uma forma muito expressiva confiadas hoje».

«Este dia é um dia histórico para a democracia. Quero repetir: temos muito orgulho e muita confiança na senhora presidente da Assembleia da República», reiterou, acrescentando: «Disse que este era o dia mais alegre da sua vida, quero dizer-lhe que a sua alegria é a nossa alegria e é a alegria da democracia», afirmou o candidato à liderança da bancada do PSD.

Dos restantes partidos, Nuno Magalhães (CDS) prometeu «cooperação e lealdade», Bernardino Soares (PCP) sublinhou o «largo consenso» e recordou Jaime Gama, Luís Fazenda (BE) prometeu «lealdade» e Heloísa Apolónia (Os Verdes) gostou do discurso e da vontade de «pluralidade».
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