A deputada Teresa Morais, que o PSD candidatou ao Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP), vai ter uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais a 06 de junho.
A audição, segundo a Lei-Quadro do Serviço de Informações da República Portuguesa, é feita pela "comissão parlamentar competente para os assuntos constitucionais, direitos, liberdades e garantias, que aprecia, para além do perfil, o currículo dos candidatos, do qual deve obrigatoriamente constar o registo de interesses previsto na presente lei".
Conforme disseram à Lusa fontes da comissão parlamentar, a reunião de Teresa Morais com os deputados está agendada para a tarde de 6 de junho, véspera da votação do seu nome na Assembleia da República.
A escolha, por voto secreto dos deputados, está prevista para 7 de junho, depois de o PSD ter pedido o agendamento urgente da eleição do membro em falta do CFSIRP, que não conta com o apoio do PS e, por essa razão, dificilmente obterá os dois terços necessários.
No final da conferência de líderes, a 24 de maio, o líder da bancada do PSD, Luís Montenegro, apelou a todos os partidos para votarem em consciência e de acordo com o currículo de Teresa Morais e acusou o PS de ter "uma razão oculta e secreta" para não apoiar esta candidatura.
Em relação aos motivos em concreto que levam o PS a recusar o nome da vice-presidente do PSD Teresa Morais, a 18 de maio o líder da bancada socialista, Carlos César, justificou: "tem de haver um distanciamento em relação às direções partidárias em cargos desta natureza que importa cultivar e era isso o que acontecia com Paulo Mota Pinto, que, não obstante ser do PSD, mantinha essa independência".