Banif: PS quer ouvir 11 administradores do banco e dez quadros do Banco de Portugal - TVI

Banif: PS quer ouvir 11 administradores do banco e dez quadros do Banco de Portugal

João Galamba (Tiago Petinga/Lusa)

Requerimento apresentado pelos socialistas ao presidente da comissão elenca dezenas de audições propostas pelo PS, algumas das quais coincidentes com outros partidos, nomeadamente a nível político

O PS anunciou, esta quarta-feira, que quer ouvir na comissão de inquérito do Banif um total de 11 administradores da entidade, entre executivos e não executivos, e dez quadros do Banco de Portugal (BdP).

O requerimento apresentado pelos socialistas ao presidente da comissão elenca as dezenas de audições propostas pelo PS, algumas das quais coincidentes com outros partidos, nomeadamente a nível político - são chamados, por exemplo, o atual ministro das Finanças, Mário Centeno, e os antigos titulares da pasta no Executivo PSD/CDS-PP, Vítor Gaspar e Maria Luís Albuquerque.

Entre os administradores do Banif que o PS quer ouvir estão nomes como Jorge Tomé ou Luís Amado, ao passo que do Banco de Portugal os socialistas querem chamar o governador, Carlos Costa, e quadros como Pedro Duarte Neves, José Berberan Ramalho ou António Varela.

Figuras da Comissão Europeia ligadas à medida de resolução do Banif devem também prestar os seus esclarecimentos ao parlamento, advoga o PS, que é coordenado na comissão pelo deputado João Galamba.

O "avaliar" do "comportamento da autoridade de supervisão financeira, o Banco de Portugal, sobre o caso Banif, é um dos objetivos da comissão parlamentar de inquérito, que hoje se reúne para definir calendários de audições e metodologias de trabalho.

O processo de venda, em dezembro de 2015, irá dominar os trabalhos para se proceder à "avaliação de riscos e alternativas" da decisão, "no interesse dos seus trabalhadores, dos depositantes, dos contribuintes e da estabilidade do sistema financeiro".

A 20 de dezembro o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos - incluindo ‘tóxicos' - para a nova sociedade veículo.

A resolução foi acompanhada de um apoio público de 2.255 milhões de euros, sendo que 1.766 milhões de euros saem diretamente do Estado e 489 milhões do Fundo de Resolução bancário, que consolida nas contas públicas

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