Assis acha que PS tem "obrigação" de ter candidato próprio no Porto - TVI

Assis acha que PS tem "obrigação" de ter candidato próprio no Porto

  • 5 mai 2017, 21:17

Eurodeputado considera que apoio a Rui Moreira deveria ter sido negociado. Defende que os socialistas, por "dignidade" e "amor-próprio" devem ter "uma candidatura forte e própria" nas Autárquicas

O eurodeputado socialista Francisco Assis disse esta sexta-feira, em Coimbra, que o partido tem “obrigação” de apresentar uma candidatura própria à Câmara do Porto, depois de o movimento de Rui Moreira ter prescindido do apoio dos socialistas.

O PS, “por uma questão até de dignidade, de amor-próprio, de respeito pela sua história e pelos seus valores, tem agora a obrigação de se apresentar, como sempre fez, aliás, com uma candidatura forte e própria à presidência” do município do Porto, sustentou.

Faltam ainda muitos meses para as eleições, não há nenhuma razão para dramatizar a situação”, afirmou.

Segundo o antigo candidato à câmara daquela cidade e ex-presidente da Federação Distrital do Porto, “havia aqui uma questão [relacionada com as próximas autárquicas no concelho] que estava progressivamente a apodrecer”, sublinhou. E reconheceu, paralelamente, que “Rui Moreira tem toda a legitimidade para fazer a opção que fez”.

Assis considera ter sido "útil o entendimento entre o PS” e o atual presidente da Câmara do Porto, que “assegurou a governabilidade” do município ao longo deste mandato, “com bons resultados no essencial”. Mas agora, acha que o rumo terá de ser outro.

Face ao que se está a passar, a única coisa que se impõe é uma decisão por parte do PS no sentido de apresentar a sua própria candidatura”, salientou, defendendo que o partido tem “uma forte presença na história do Porto” e que tem “pessoas com qualidade e tem capacidade para ir buscar independentes” para “formar uma boa lista”.

Escusando-se a indicar nomes, Francisco Assis reconheceu que Manuel Pizarro tem “a vantagem de ser um homem bastante conhecido” e de ter desenvolvido “um trabalho reconhecidamente válido durante estes quatro anos”, enquanto vereador.

O PS deveria ter deixado claro desde o primeiro momento que, a haver esse apoio [a Rui Moreira], tinha de haver uma negociação no sentido sério de projetos políticos para a cidade”, considerou Francisco Assis, para quem, esta “confusão estabeleceu a ideia de que o PS, exigindo fosse o que fosse, entrava numa lógica de aparelhismo”.

Isso é errado e inaceitável”, concluiu.

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