OE2017: PSD quer parte das receitas do IVA nas mãos das autarquias - TVI

OE2017: PSD quer parte das receitas do IVA nas mãos das autarquias

Câmara Municipal

Intenção é reforçar o financiamento dos municípios que têm uma atividade económica muito forte em determinadas alturas do ano, como a época balnear

O PSD vai propor que parte da receita do IVA reverta para as autarquias de modo a financiar novas competências dos municípios e/ou das entidades intermunicipais.

Os sociais-democratas vão apresentar no parlamento um "pacote de medidas de descentralização" no âmbito do debate da proposta de Orçamento do Estado para 2017 que prevê a afetação aos municípios de parte da receita do IVA (imposto sobre o valor acrescentado).

Segundo fonte do grupo parlamentar citada, nesta quarta-feira, pelo Diário de Notícias e pela TSF, o objetivo é fazer com o IVA aquilo que já acontece em sede de IRS, ou seja, permitir que as autarquias tenham uma palavra a dizer sobre a cobrança do imposto.

No caso de os municípios aceitarem encaixar a receita, poderão ter limitações quanto à aplicação de outras taxas, como a taxa turística, por exemplo.

“A proposta está a ser tecnicamente trabalhada”, diz a fonte parlamentar social-democrata, designadamente quanto ao grau de participação das autarquias nas receitas do IVA (imposto indireto sobre o consumo de bens e serviços que tem taxas de 06%, 13% e 23%).

A intenção do PSD é reforçar o financiamento dos municípios que têm uma atividade económica muito forte em determinadas alturas do ano, como a época balnear, precisando por isso de infraestruturas para acolher as pessoas.

No pacote de propostas, o PSD vai recuperar uma medida já concretizada pelo anterior executivo de delegação de competências na área da Educação e alargá-la aos setores da Saúde e da Cultura.

“Queremos que os municípios tenham poderes na definição da oferta de saúde no seu território, por exemplo, a nível da prevenção ou do alargamento dos horários dos centros de saúde”, explicitou a fonte, precisando que a proposta se aplica aos cuidados de saúde primários e exclui os hospitais.

Trata-se, segundo a mesma fonte, de “um processo de descentralização baseado num método contratual que deve ser alargado a todo o território”, indicou.

O PSD assegura que as propostas terão impacto orçamental nulo e não foram debatidas com o PS.

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