Teresa Leal Coelho: "Serei presidente da Câmara de Lisboa dentro de alguns meses" - TVI

Teresa Leal Coelho: "Serei presidente da Câmara de Lisboa dentro de alguns meses"

  • AM
  • 24 mar 2017, 07:50

Candidata social-democrata disse que pretende trabalhar "para as pessoas que vivem, para as pessoas que trabalham ou estudam e para as pessoas que querem" viver em Lisboa

A vice-presidente do PSD Teresa Leal Coelho manifestou-se convicta de que "dentro de meses" será presidente da Câmara de Lisboa, dizendo querer uma cidade "não apenas bonita" mas para os que vivem na capital.

Em declarações aos jornalistas a meio do Conselho Nacional do PSD - e depois de ter já falado aos conselheiros - a deputada do PSD disse que apresentará "oportunamente" uma equipa de pessoas que querem "servir a política e a cidade" e que já recebeu o programa eleitoral elaborado pelo antigo secretário de Estado José Eduardo Martins.

Sou candidata à Câmara Municipal de Lisboa (CML) porque estou convicta de que tenho um bom projeto para Lisboa. É um projeto que será concretizado quando for presidente da câmara e eu serei presidente da câmara dentro de alguns meses", afirmou, na sua primeira declaração depois de a sua candidatura ter sido homologada pela comissão política nacional.

Teresa Leal Coelho esclareceu que apenas chegou ao Conselho Nacional por volta da meia-noite por ter estado "sete horas numa audição ao governador do Banco de Portugal", na qualidade de presidente da Comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.

A candidata social-democrata disse que pretende trabalhar "para as pessoas que vivem, para as pessoas que trabalham ou estudam e para as pessoas que querem" viver em Lisboa.

Não queremos uma cidade que seja apenas bonita e que acolha bem os turistas", disse, acrescentando não querer "uma cidade embelezada mas que não tenha infraestruturas seguras".

Questionada se já recebeu o programa eleitoral elaborado, a pedido da concelhia, pelo crítico de Passos Coelho e antigo deputado José Eduardo Martins a deputada confirmou já ter recebido esse documento, antes de um almoço na quarta-feira entre os dois.

Terei uma reunião com toda a equipa que colaborou no programa na próxima semana", anunciou a candidata, dizendo que José Eduardo Martins "está muito motivado para colaborar" com a sua candidatura.

Admitindo que serão introduzidas alterações e aditamentos ao programa elaborado por José Eduardo Martins, Teresa Leal Coelho considerou o documento "um ponto de partida muito bom".

Sobre a data de apresentação da sua equipa, a candidata apenas disse que será feita "oportunamente", assegurando que será uma "equipa de gente com muita qualidade, que não se vem servir da política mas vem servir a política e a cidade".

PSD disputa eleições “para ganhar”

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que o partido vai disputar as próximas eleições autárquicas "para ganhar" e manifestou a convicção de que esse resultado também é possível em Lisboa.

Partimos para estas eleições como quem está a disputar as eleições para as ganhar, não alterámos o nosso objetivo", assegurou Passos Coelho na intervenção inicial no Conselho Nacional.

Num discurso de cerca de 45 minutos, o líder do PSD deixou as autárquicas para o fim e fez questão de dizer que desde "o concelho mais pequeno ao concelho de maior dimensão urbana", o PSD fez escolhas para ganhar.

Destacando a escolha de "um independente com valor" no Porto, Álvaro Santos Almeida, Passos Coelho fez questão de salientar também a candidatura do PSD a Lisboa, um processo que se arrastou por alguns meses e que não foi isento de polémica.

Quero dizer que, ao nível da própria Comissão Política Nacional, não podíamos ter escolhido de forma politicamente mais intensa e mais forte no caso de Lisboa com a Teresa Leal Coelho, que é minha vice-presidente há mais de um mandato e que tem todas as condições para disputar as eleições em Lisboa para as poder ganhar", afirmou, recebendo aplausos dos conselheiros nacionais.

Passos ressalvou que "não há vitórias eleitorais antecipadas", mas que esse princípio é válido tanto para o PSD como para os outros partidos e deixou um recados aos críticos dentro e fora do partido.

Eu sei que há umas pessoas que têm o convencimento de adivinharem o resultado das eleições e que acham que os resultados vão ser maus. Isso acontece no espaço público com origem em muitos adversários nossos, mas às vezes também aparecem transmitidas por pessoas que conhecem melhor a nossa realidade", afirmou.

E acrescentou: "Queria dizer aos de dentro e aos de fora que estamos nestas eleições com os dois pés assentes na terra, que temos escolhas muito boas e estamos convencidos que iremos ter um bom resultados eleitoral".

Passos Coelho salientou que o PSD não tem razões para "estar intranquilo" com a preparação das autárquicas que vão decorrer no outono, dizendo que o partido está até mais avançado do que há quatro anos e que conta encerrar todo o processo até meio de abril.

O líder do PSD ironizou que o partido "aceita sempre os resultados das eleições com muito 'fair play'", mas pediu que isso não seja confundido com a ideia de que os sociais-democratas partem "diminuídos para as eleições".

Não somos daqueles que amuam e que fazem fitas", disse, num aparente recado para o dia seguinte às eleições autárquicas.

"Parto para estas eleições com a consciência de ter feito boas escolhas e de estar a travar um bom nível de combate político", disse.

Passos Coelho terminou a primeira intervenção perante os conselheiros a elogiar o papel que o partido tem tido na oposição.

Prefiro receber a crítica de que mudámos pouco do Governo para a oposição por sermos coerentes do que nos estivessem a apontar o dedo dizendo que éramos uns troca-tintas", afirmou.

O líder do PSD disse que encontra em Portugal "uma posição de compreensão pelo papel do partido na oposição e de esperança" de que os sociais-democratas se mantenham "responsáveis a pensar o futuro do país, sem deitar foguetes, sem dourar a pílula".

As intervenções seguintes no Conselho Nacional centraram-se sobretudo nas autárquicas - com algumas excepções de temas setoriais como descentralização, Europa ou agricultura - e com a intervenção mais crítica a partir do antigo deputado e presidente da distrital de Setúbal Luís Rodrigues, que desafiou o líder do PSD a concentrar-se no próximo ato eleitoral e a visitar todos os concelhos.

De acordo com fontes presentes na reunião, na sua intervenção final Passos Coelho respondeu a Luís Rodrigues, dizendo "não gostar de piadas", e salientando que tem estado a percorrer o país e marcado presença na apresentação de vários candidatos autárquicos.

Pelo menos por três vezes durante a liderança de Passos Coelho a sua intervenção inicial no Conselho Nacional do partido foi aberta à comunicação social: a primeira em maio de 2011, quando ainda não era primeiro-ministro, a segunda durante a crise política do verão de 2013 e a última após as eleições europeias de 2014.

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