O bastonário da Ordem dos Engenheiros, Fernando Santo, não percebe por que razão só foram analisadas duas localizações para o futuro aeroporto e adianta, numa entrevista publicada esta segunda-feira, que há outras alternativas, apesar de não as revelar, noticia a agência Lusa.
Na entrevista ao Público e Rádio Renascença, Fernando Santo disse que os problemas técnicos que se vão colocar para construir o aeroporto na Ota são «resolúveis», apesar de obrigarem à colocação de 230 mil estacas com 20 metros de profundidade e à movimentação de 50 milhões de metros cúbicos de terra.
«O que eu não percebo é por que é que não aparecem outras soluções e a discussão foi entre Rio Frio, que tem de facto um problema ambiental e está fora de questão, e esta (Ota) que aparece como a solução menos má», referiu.
Na opinião do bastonário, «pode haver outras soluções» que deveriam estar a ser «procuradas por aqueles que se dedicam a estas áreas».
Ainda sobre a localização na Ota, o engenheiro apontou como um dos problemas o facto de não se poder ampliar quando o aeroporto ficar saturado.
Questionado sobre alternativas para a Ota, Fernando Santo responde: «Não lhe vou dizer».
O bastonário adiantou, contudo, que tem ouvido várias sugestões e ideias e lembrou que as fundações e a consolidação dos terrenos na Ota vão demorar cerca de três anos, o que poderia não acontecer se fosse considerado outro terreno sem a «complexidade» do escolhido.
Fernando Santo também não quis responder sobre a localização de um terreno alternativo, mas, adiantou que já falou com o ministro dos Transportes e Obras Públicas, Mário Lino, e que o «Governo terá bom senso».
Ota: existem mais alternativas além de Rio Frio
- Portugal Diário
- 19 fev 2007, 09:17
«Pode haver outras soluções» que deviam ser procuradas, diz bastonário
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