Paulo Macedo: o banqueiro que se torna ministro da Saúde - TVI

Paulo Macedo: o banqueiro que se torna ministro da Saúde

Deixou marca no Governo de Durão Barroso, em 2004, quando a então ministra das Finanças, o convidou para diretor-geral dos Impostos

O novo da Saúde, Paulo Macedo, atual administrador do BCP, deixou a sua marca no Governo de Durão Barroso em 2004, quando a então ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite o convidou para diretor-geral dos Impostos.

A sua comissão de serviço terminou três anos mais tarde, tendo o seu nome sido envolvido em polémica nos últimos meses do mandato enquanto diretor-geral dos Impostos devido à remuneração que auferia no momento da requisição ao BCP (cerca de 23 mil euros). Esta polémica aconteceu depois ter sido aprovado o Estatuto de Pessoal Dirigente da Função Pública, que impedia a existência de salários superiores aos do primeiro-ministro.

A única ligação de Paulo Macedo ao setor da Saúde está ligada ao BCP, onde é administrador, por exemplo, da Médis, a empresa que gere seguros de Saúde. Paulo Macedo é vice-presidente do conselho de administração várias empresas do grupo BCP, desde a fundação do grupo à Millennium BCP Ageas, Médis, Ocidental e Pensões Gere.

O novo ministro da Saúde iniciou a sua ligação ao BCP em 1993, na direção da unidade de marketing estratégico, da secção comercial de cartões de crédito, da rede de comércios e empresários e no gabinete do euro no centro corporativo. Entre 1998 e 2000, foi administrador da Comercial Leasing, seguindo-se o Interbanco e a Médis.

Em 2007, após terminado o período na direção-geral dos Impostos, foi para diretor-geral do BCP, do qual detém mais de 271 mil ações, segundo dados de 17 de Maio deste ano.

Nascido em Lisboa a 1963, é vogal do conselho de supervisão da Euronext e faz parte do conselho do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), pelo qual obteve a licenciatura em Organização e Gestão de Empresas, em 1986.

Na sequência da sua formação inicial, foi assistente estagiário no ISEG, em simultâneo com trabalho na divisão de Consultoria Fiscal na Arthur Andersen (antes de esta se ter fundido com a Deloitte), tendo continuado como professor do instituto da Universidade Técnica de Lisboa e no programa de MBA da AESE.
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