Portas recusa ser «cúmplice» e não comenta revelações do WikiLeaks - TVI

Portas recusa ser «cúmplice» e não comenta revelações do WikiLeaks

Paulo Portas

«A correspondência diplomática é reservada ou secreta porque visa defender o interesse dos Estados

Relacionados
O líder do CDS-PP defendeu esta segunda-feira que «a correspondência diplomática é reservada ou secreta porque visa defender o interesse dos Estados», escusando-se a comentar a divulgação de vários telegramas da diplomacia norte-americana sobre Portugal disponibilizados pelo site da Wikileaks.

«Assim como a senhora não gostaria que violassem a sua correspondência e eu não gostaria que um dia violassem a correspondência das embaixadas portuguesas, também não vou contribuir com uma única palavra para discutir aquilo que é uma violação da correspondência diplomática de outro país», afirmou Paulo Portas, em Pombal, onde hoje visitou o mercado local.

O El País divulgou no domingo vários telegramas da diplomacia norte-americana relativos a Portugal disponibilizados pelo site da Wikileaks. Num dos telegramas é mencionada a disponibilidade de o presidente do BCP, Carlos Santos Ferreira, para canalizar para Washington informações sobre o sistema financeiro do Irão.

Paulo Portas, que reconheceu poder «ser muito tentador politicamente comentar ou até utilizar esses telegramas», salientou que «o que é reservado, reservado se mantém».

«Se eu disser uma palavra sobre o conteúdo, estou a ser cúmplice ou mesmo a patrocinar aquilo que eu considero que é um atentado contra a segurança do Estado», declarou o presidente do CDS-PP, acrescentando: «É uma questão de princípio, os outros que falem sobre essas matérias».

Frisando que respeita «o trabalho dos diplomatas» que «é por natureza discreto e, às vezes, secreto», Paulo Portas sublinhou que este «visa defender os interesses permanentes de um Estado».

«A violação da correspondência diplomática pode pôr em causa pessoas, missões, instalações e eu não vou entrar na discussão do que devia ser reservado, porque se o fizer estou a patrocinar ou a ser cúmplice de uma violação da correspondência diplomática», reiterou.

Para Paulo Portas, «um Estado tem todo o direito a proteger a sua correspondência diplomática» e a sua posição «distingue o CDS de qualquer outro partido nesta matéria».
Continue a ler esta notícia

Relacionados