Bloco de Esquerda comemora 20 anos com um comício, em Lisboa - TVI

Bloco de Esquerda comemora 20 anos com um comício, em Lisboa

  • CE
  • 9 mar 2019, 09:27
Catarina Martins

Um evento que vai juntar os fundadores Francisco Louçã, Luís Fazenda e Fernando Rosas, mas também a coordenadora Catarina Martins e ainda a eurodeputada Marisa Matias

O BE comemora, este sábado, os 20 anos do partido, assinalados em 28 de fevereiro, com um comício em Lisboa que junta os fundadores Francisco Louçã, Luís Fazenda e Fernando Rosas, a coordenadora Catarina Martins e a eurodeputada Marisa Matias.

Na semana passada passaram 20 anos desde o nascimento do Bloco de Esquerda (BE), cuja assembleia de fundação aconteceu em 28 de fevereiro de 1999, em Lisboa, uma nova força política que resultou em grande parte da união entre três partidos, entretanto já extintos: Partido Socialista Revolucionário (PSR), União Democrática Popular (UDP) e Política XXI.

O partido decidiu comemorar a data com um comício, que decorre esta tarde no Mercado de Culturas, em Lisboa, estando previstos, para além das tradicionais intervenções políticas, concertos de Fado Bicha e Omiri.

Entre os discursos previstos, segundo o programa oficial, estão os de Fernando Rosas, Luís Fazenda, Francisco Louçã, Marisa Matias e Catarina Martins.

No comício comemorativo será ainda lançada a revista anual Esquerda, que se apresenta como "um instrumento útil para o debate de ideias" e se estreia "num momento particularmente exigente".

Em entrevista à agência Lusa a propósito dos 20 anos do BE, Catarina Martins destacou que, ao longo das duas décadas, o BE teve como aliados quem luta pelas emancipações e pelo progresso, enquanto colecionou "inimigos poderosos" na elite financeira.

Já Francisco Louçã defendeu que “tudo o que há de novo na esquerda europeia com sucesso são imitações do Bloco de Esquerda”, um partido que “mudou a política portuguesa” e que “não vive de portas fechadas”.

Para Fernando Rosas, com a morte "ciclicamente anunciada" desde a sua criação, o BE mudou o "panorama político" e "os equilíbrios à esquerda", sendo um partido que vê como um incómodo ao poder instituído em todo o espetro político.

Por se turno, Luís Fazenda defendeu que o partido, ao longo dos 20 anos de história, manteve a natureza e os princípios, mas conseguiu uma evolução significativa na "capacidade de intervenção" e respostas setoriais.

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