Bloco de Esquerda solidário com Dilma depois do “golpe parlamentar” - TVI

Bloco de Esquerda solidário com Dilma depois do “golpe parlamentar”

  • VC
  • 16 mar 2017, 12:51
Dilma Rousseff e Catarina Martins

Catarina Martins diz que teve "muito prazer" em receber a ex-Presidente do Brasil e apelidou o novo governo de "ilegítimo" com um projeto "neoliberal"

Com Dilma Rousseff em Portugal, o Bloco de Esquerda fez questão de demonstrar a sua solidariedade para com a ex-Presidente do Brasil, que foi destituída do cargo. Para a coordenadora bloquista Catarina Martins, Dilma foi vítima de um "golpe parlamentar" por parte de um "Governo ilegítimo" com um projeto "neoliberal".

O BE teve muito prazer em recebê-la e perceber um pouco melhor a situação que se está a viver no Brasil. Houve um golpe parlamentar que derrubou de forma ilegítima a Presidenta Dilma Rousseff. Temos o povo brasileiro em amplas manifestações na rua contra o que o Governo ilegítimo está a fazer de destruição do estado social. Acresce a enorme revolta por se saber hoje que aqueles que fizeram o 'impeachment' estão hoje presos ou acusados de corrupção".

Foi na sede nacional de Lisboa que Catarina Martins recebeu Dilma e foi aí que falou com os jornalistas, depois do encontro. Adiantou que a conversa com a política brasileira versou a "crise financeira e económica", na Europa e no Brasil, e "os problemas da política neoliberal, que está a destruir o emprego e as economias, um pouco por todo o mundo", visando "diminuir o Estado, atacando as suas funções sociais e privatizando os setores estratégicos e principais empresas dos países".

Dilma também já se encontrou com dirigentes do PS e do PCP. Desde terça-feira em Lisboa, protagonizou quarta-feira a conferência intitulada "Neoliberalismo, Desigualdade, Democracia sob Ataque", quarta-feira, no Teatro da Trindade, organizada por Fundação José Saramago, Casa do Brasil, INATEL, entre outros.

Nessa conferência, Dilma elogiou a chamada geringonça, em Portugal. Para a política brasileira, é uma “referência e um exemplo” no que diz respeito ao caminho encontrado para a sua governação, nomeadamente com a união de “forças progressistas”.

A antiga chefe de Estado e de Governo brasileira foi destituída pelo Senado em 31 de agosto de 2016, num processo bastante polémico que teve por base irregularidades administrativas e fiscais.

 

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